“Quem perder a sua vida por causa de mim, a encontrará”
7 de agosto de 2020Nas travessias da vida, não tenhais medo.
9 de agosto de 2020Sábado, 08/08: 18ª semana do Tempo Comum
Mt 17,14-20
Leitura:
Procure ler o texto lentamente, atento a cada palavra e expressão. Guarde o trecho que mais lhe chamar a atenção.
O tema central do texto que escutamos, mais uma vez, é a fé. Jesus, no meio da multidão, encontra um homem que suplica a cura para seu filho. O homem já o levara até os discípulos de Jesus, mas eles não conseguiram expulsar o demônio, sobre o qual Jesus tem autoridade. O texto faz contrastar a falta de fé dos discípulos, que não conseguiram curar o menino, com a fé daquele pai, que mesmo sem ter conseguido a cura uma vez, não deixa de crer no poder de Jesus. Jesus repreende os discípulos adiante, dizendo que ainda que sua fé fosse do tamanho de um grão pequeno de mostarda – mas fosse verdadeira – ela poderia mover montanhas.
Meditação:
O que o texto diz para mim, hoje, a partir da situação pela qual tenho passado (minhas alegrias, tristezas, desafios, conquistas)?
A reflexão principal a que o texto nos conduz hoje é sobre a nossa fé. Nós, que estamos próximos de Jesus porque buscamos sua Palavra, não temos a garantia de que nossa fé seja a maior de todas – pelo contrário, temos ainda mais o risco de que, ouvindo a Palavra de Deus, não a estejamos colocando em prática. No Evangelho é assim: os discípulos são os mais lentos para entender o que Jesus faz, são os que mais falham na fé, são os que mais facilmente se desviam do caminho que é Jesus. Outra questão a pensar é sobre o nosso testemunho. Muitas pessoas olham para nós e reconhecem que somos pessoas mais próximas de Deus – porque estamos engajadas em uma comunidade de fé ou porque demonstramos conhecimento da Palavra de Deus, ou ainda por outros motivos – e recorrem a nós, talvez não para pedir uma cura, como o homem do Evangelho, mas para ouvir uma palavra, um conselho, para serem ouvidas e acolhidas, para encontrarem algum conforto, algum sinal de Deus. Será que temos conseguido expressar com nossa vida essa proximidade ao Senhor? Como podemos aproximar isso dos nossos dias? Quais são os riscos pelos quais nos deixamos levar, pensando que eles ameaçam só os que estão distantes de Jesus? Será que o nosso testemunho tem sido suficiente para mostrar Jesus aos nossos irmãos?
Oração:
A partir da Palavra meditada, apresente ao Senhor a gratidão de seu coração e também seus pedidos.
Peçamos ao Senhor que nos dê o discernimento para reconhecermos a maneira correta de seguir o caminho de discipulado ao qual ele mesmo nos convidou. Que o Senhor aumente sempre mais a nossa fé para que, próximos do Senhor, não sejamos vacilantes, mas decididos. Peçamos também que o Senhor nos confirme em nosso testemunho, concedendo-nos a coerência de vida e a sabedoria que nos façam capazes de manifestar aos outros, nossos irmãos, que experimentamos da luz que é o Senhor.
Contemplação:
A palavra meditada precisa também tornar-se ação. Como viver o que meditamos em nossa vida? Pense em ações concretas que possam surgir da meditação do dia de hoje.
Que a meditação dessa Palavra favoreça nossa revisão de vida, a fimd e que possamos reconhecer quantas e quantas vezes fomos vacilantes em nossa fé. Isso nos torna mais conscientes de que o Senhor age em nosso favor e nos ajuda a demonstrar uma fé mais firme e decidida. Que possamos revisitar as nossas ações também reconhecendo quais delas ainda não foram coerentes com o Evangelho que anunciamos. Que possamos mudar essas atitudes, buscando uma maior conformidade com o Evangelho para que os outros, quando vierem a nós, encontrem verdadeiros sinais do Senhor.
Mariana Aparecida Venâncio (Juiz de Fora – MG)
Leiga, Teóloga, especialista em Sagrada Escritura, mestra em Literatura Brasileira e doutoranda em Estudos Literários. Oferece cursos bíblicos para paróquias das dioceses de Juiz de Fora, Leopoldina, São João Del Rei e Caratinga, em Minas Gerais.