A afirmação de Pedro (MT 16, 13 – 23)
9 de agosto de 2018Se tivermos fé… (Mt 17, 14-20)
11 de agosto de 2018Leitura: João 12,24-26
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto. Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conserva-la-á para a vida eterna. Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará”.
Palavra da Salvação.
ORAÇÃO:
O Evangelho de João nos convida a refletir sobre o plano de amor que Deus tem para nós.
Quando Jesus disse aos seus discípulos: “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto”, apresenta-nos a grandeza do projeto de Deus para nós. Faz-nos um convite para que abramos mão de tudo aquilo que nos faz sentir pequenos ou sem valor, de tudo aquilo que nos aprisiona e torna nossa existência morna, morta, sem vida. Convida-nos a uma vida plena e cheia de frutos.
E o que temos feito para encontrar “ terrenos férteis” e condições favoráveis para que possamos frutificar? Por que muitas vezes somos tomados pelo medo de abandonar e “matar” coisas em nós que nos prejudicam e comprometem nossa caminhada para uma vida plena? Por que, às vezes, é tão desafiador abandonar o que nos aprisiona e causa infelicidade, impedindo que saiamos da condição de grão para nos tornar frutos?
Mais adiante Jesus nos diz: “Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conserva-la-á para a vida eterna.”
Podemos entender esta provocação como mais um convite de Jesus à vida plena. Muito diferente do que podemos imaginar, não se trata de desconsiderar o valor e a importância da nossa vida. Trata-se de pensar no que é uma vida de valor para Deus. Muitas vezes resumimos nossa vida à uma boa condição econômica, a uma importante posição social ou à nossa grande popularidade nas redes sociais… Tudo isso pode fazer parte da nossa vida, mas cabe-nos pensar se são essenciais, se são o que temos de mais valioso em nossa existência.
Muitas vezes superestimamos tais valores e imaginamos que o sentido da nossa vida se fundamenta neles. Pode até nos ocorrer que ficar sem dinheiro, prestígio e muitas “curtidas” nos nossos posts, seria a morte… Por isso, se conseguirmos redimensionar a importância destes valores, estaremos conservando nossa vida para a eternidade, construída em valores mais consistentes e duradouros, ou seja, mais próximos do plano de Deus para nós.
E o que seriam estes valores que consolidariam nossa vida eterna? É o próprio Jesus quem nos orienta, quando diz: “Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará”.
Jesus nos pede que estejamos a serviço do Reino de Deus. Um serviço que se traduz pela disponibilidade, generosidade, doação. É deste lugar que o Pai nos honra. Dar o que temos, muito ou pouco, para a construção de um mundo mais digno e amoroso.
Senhor, oferecemo-nos neste dia de hoje como instrumentos para que se realize, através de nós, Seu plano de amor e salvação para cada um dos seus filhos. Torna-nos servos bons e fiéis e dá-nos coragem para transformar nossa vida-grão em fruto. Concede-nos, Santo Espírito, discernimento e sabedoria nesta caminhada.
Maria Luzia de Moraes Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte