Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo (Mateus 16, 24-28)
9 de agosto de 2013Décimo Nono Domingo do Tempo Comum – Ano C (Lucas 12.32-34,36-42)
11 de agosto de 2013Evangelho:
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
Em verdade, em verdade vos digo:
Se o grão de trigo que cai na terra
não morre,
ele continua só um grão de trigo;
mas se morre,
então produz muito fruto.
Quem se apega à sua vida,
perde-a;
mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna.
Se alguém me quer servir,
siga-me,
e onde eu estou
estará também o meu servo.
Se alguém me serve,
meu Pai o honrará”.
Para rezar:
O Evangelho de hoje continua a reflexão de ontem. Neste, à ideia de seguimento, renúncia e cruz, acresce-se a figura do grão de trigo.
Jesus gosta de usar a figura do grão, de seu contexto rural, para metaforizar. Em um momento, dirá que, se nossa fé for do tamanho de um grão de mostarda, é possível que mova montanhas; em outro, afirmará que o Reino dos Céus é como um grão de mostarda, que, não obstante seja tão pequeno, origina uma árvore tão grande. No texto de hoje, nossa vida é comparada ao grão de trigo.
E nós, conseguimos olhar para nossa vida e perceber o quanto ela pode ser pequena e grande ao mesmo tempo? Consideramo-nos apenas grão, um grão só? Ou nos vemos grandes? A verdade que Jesus quer nos ensinar é que não somos grandes nem pequenos, pois nosso tamanho depende da perspectiva pela qual se olha a vida. Deus nos olha pela perspectiva da entrega ao Seu projeto: assim, se nos damos e nos deixamos morrer, então somos como o grão de trigo, que dá fruto, ou o grão de mostarda, que cresce e oferece abrigo para tantos. Ao contrário, se nos fechamos, então somos um grão tão somente; assim, conservamos aquilo que somos, mas somos só um grão.
Deus nos dê a coragem de olhar para nossa pequenez e ver como podemos ser grandes e dar frutos se nos dispomos à Sua vontade. Que nos ajude a decidir pelo desapego da vida, para que alcancemos a vida abundante, que é eterna. Isso, Jesus nos revela, dá-se, tantas vezes, pelo serviço, pois é a forma como nos identificamos com ele, o Filho.
João Gustavo Henriques de Morais Fonseca, graduando em Direito na UFMG