Louvou a Deus por dar esse poder a seres humanos (Mateus 9, 1-8)
2 de julho de 2015Um ensinamento e uma profecia (MT 9, 14 – 17)
4 de julho de 2015“Acontece que Tomé, um dos discípulos, que era chamado de ‘o Gêmeo’, não estava com eles quando Jesus chegou. Então os outros discípulos disseram a Tomé:
– Nós vimos o Senhor!
Ele respondeu:
– Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer!
Uma semana depois, os discípulos de Jesus estava outra vez reunidos ali com as portas trancadas, e Tomé estava com eles. Jesus chegou, ficou no meio deles e disse:
– Que a paz esteja com vocês!
Em seguida disse a Tomé:
– Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e creia!
Então Tomé exclamou:
– Meu Senhor e meu Deus!
– Você creu porque me viu? – disse Jesus. – Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram!”
Jesus se manifesta na comunidade reunida. Mesmo quando ela está de portas fechadas, está ainda no medo e nas trevas, Ele, que é a luz, se faz presente levando a Sua vida e entrega: O Ressuscitado Crucificado. A fé, antes de ser pessoal, é comunitária. Da comunidade a recebemos. Mas cada um precisa fazer a própria experiência, aí sim pessoal, íntima e profunda.
Tomé não fez a experiência junto com a comunidade e não se contentou em ouvir falar. Ele expressou o que sentia: “Se eu não vir… não tocar… não puser a minha mão…, não vou crer!”
Resistência? Sim! Mas uma resistência expressa é melhor do que uma fé apenas aprendida e repetida sem sentido para a própria vida; aliás, que fé? O que ele nos ensina é a buscar e a pedir uma experiência pessoal da fé.
O fechamento de Tomé não é racional, mas essa resistência que a gente também sente por vezes. Às vezes resistimos à dor, à cruz, ao que nos parece trazer sofrimento. E às vezes – incrivelmente – resistimos às notícias boas, ao chamado para ser mais, a uma luz, a algo de vida: “Não vou crer!” Nossas feridas nos levam a isso, a fechar-nos a uma entrega geradora de alegria.
O Senhor não condena, Ele se oferece. A presença de Jesus quebra o fechamento. Tomé já não precisa tocar, porque ele experimenta a presença viva do Senhor. O dito “incrédulo” faz uma das profissões de fé mais belas da Escritura, que até hoje repetimos: “Meu Senhor e meu Deus!”
É nesta acolhida do momento da fé de Tomé, e do momento de cada um de nós, que Jesus provoca convidando a ir além: “Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram!”
Maria e José estão entre estes. Deram seu “sim” ao chamado de Deus, sem ver ainda, sem compreender totalmente, sem ter todos os passos traçados. Deram o primeiro passo. Peçamos que intercedam por nós para nos entregarmos a Jesus dando o primeiro passo.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner