Direito ao sustento (Mt 10, 7-13)
11 de junho de 2015Aconchego materno (Lc 2, 41-51)
13 de junho de 2015Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz.
Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
Aquele que viu, dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum de seus ossos”. E outra Escritura ainda diz: Olharão para aquele que transpassaram”.
Hoje celebramos o Sagrado Coração de Jesus e a leitura proposta chamou minha atenção para o sangue e a água que saem de seu lado, aberto pela lança do soldado.
O sangue e a água me levam a contemplar a dupla natureza de Jesus: divina e humana.
Jesus vem a nós como um de nós e nos dá a possibilidade de vivermos para sempre na presença de Deus.
A imagem de Jesus como o perfeito Sumo Sacerdote, aquele que oferece o sacrifício perfeito para a expiação definitiva de nossos pecados, instituindo uma nova e eterna aliança entre Deus e a humanidade, muito me encanta.
Na contemplação da dupla natureza de Jesus, nos deixar tocar pela graça de a humanidade estar em Deus e Deus estar na humanidade. Isso é real! Nós estamos em Deus, pois Jesus, que nos precede no paraíso, levou consigo nossa natureza humana para o seio da Trindade e deixou na humanidade a sua presença: “Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20b).
A oração de hoje pode ser uma experiência mística de nos deixar invadir por este mistério. Sentir que estamos ao lado de Jesus, sendo batizados pela água e pelo sangue que escorrem de seu lado chagado. Tocar sua ferida e conhecer seu coração sem pecado. Sentir a paz que vem de nos reconhecermos amados por Deus.
Nessa experiência, perceber a real possibilidade de vivermos em um mundo humanizado pela presença divina que nos habita. Renovar a esperança de que um mundo fraterno é possível, quando reconhecemos no outro o mesmo Deus que habita em nós.
Obrigado, Jesus, por nos entregar toda a sua vida, todo o seu amor e conduzir a humanidade para o coração de Deus. Nós te queremos. Ajude-nos a nos mantermos fiéis ao seu amor. Amém!
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João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte