Fé, amor e humildade (Mateus 15,21-28)
5 de agosto de 2015Caminho de vida verdadeira (Mateus 16, 24-28)
7 de agosto de 2015“Seis dias depois, Jesus foi para um monte alto, levando consigo somente Pedro, Tiago e João. Ali, eles viram a aparência de Jesus mudar. A sua roupa ficou muito branca e brilhante, mais do que qualquer lavadeira seria capaz de deixar. E os três discípulos viram Elias e Moisés conversando com Jesus. Então Pedro disse a Jesus:
– Mestre, como é bom estarmos aqui! Vamos armar três barracas: uma para o senhor, outra para Moisés e outra para Elias.
Pedro não sabia o que deveria dizer, pois ele e os outros dois discípulos estavam apavorados. Logo depois, uma nuvem os cobriu, e dela veio uma voz, que disse:
– Este é o meu Filho querido. Escutem o que ele diz!
Aí os discípulos olharam em volta e viram somente Jesus com eles.
Quando estavam descendo do monte, Jesus mandou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse. Eles obedeceram à ordem, mas discutiram entre si sobre o que queria dizer essa ressurreição.”
Na oração de hoje, vamos pedir a Jesus que nos leve com Ele também ao monte alto, ao lugar da manifestação de Deus. Que possamos nele contemplar o mistério que nos confirme na fé e na esperança.
Os discípulos viram “a aparência de Jesus mudar.” Em sua união com o Pai, Jesus revela, resplandece a Glória de Deus. “O Filho brilha com o brilho da glória de Deus e é a perfeita semelhança do próprio Deus.” (Hb 1,3) Jesus revela aos discípulos a glória que se manifestará nele em Seu Mistério Pascal, em sua morte e ressurreição. As figuras de Moisés e Elias simbolizam que a Lei e os Profetas têm sua plenitude no Filho. Por isso, é a Ele que devemos escutar. “Este é o meu Filho querido. Escutem o que ele diz!”
Obedecer a Jesus, seguir seus passos, caminhar com Ele é viver o que o Pai quer, é cumprir a sua vontade e, assim, deixar que se realize em nós Seu plano de amor, viver plenamente e gerar vida. A Transfiguração é o que a extrema conexão com o amor faz. É uma experiência tão intensa que os discípulos não querem mais sair dali. É o que sentimos também em um retiro, em um encontro, em um momento forte de oração. Não queremos mais sair do monte, não queremos voltar à realidade do dia a dia, tão marcada por contradições e dores.
No entanto, o amor é difusão, foi feito para dar-se. A conexão com o amor faz resplandecer e isto é para o outro. E isto se dá não em momentos, mas na vida com o Senhor, passando pelas pequenas mortes diárias – morte ao nosso ego, à preguição, ao individualismo, à superficialidade, à dispersão, ao comodismo; morte nas humilhações que nos vêm, nas dores das cruzes vividas com Ele – para ressuscitar a cada dia e assim deixar resplandecer também em nós o dom de Deus, provocando nos irmãos o desejo da vida plena.
Que o Senhor nos leve a orar e a viver com Ele. Amém!
Tania Pulier, comunicadora social, membro da Família Missionária Verbum Dei e da pré-CVX Cardoner