Fazer a vontade de Deus
21 de novembro de 2020Ofertar
23 de novembro de 2020Domingo – 22/11 – Solenidade de Cristo Rei
Mt 25, 31-46 – Reconhecer
Leitura: o que o texto diz?
Jesus conta aos seus discípulos o julgamento das nações, apresentando o juiz como um pastor que separa ovelhas dos cabritos, como um pai que entrega sua herança aos filhos. Jesus, então, expõe as situações que foram critério para este julgamento: a forma como se relaciona com o faminto, o sedento, o estrangeiro, o nu, o doente, o preso. E lhes revela que tudo aquilo que foi feito a esses irmãos menores, na verdade foi feito a Ele; da mesma forma, tudo o que foi negado a esses irmãos menores, foi negado a Ele. Aos que o reconheceram nos pequenos é dada a vida eterna. Aos que não o reconheceram é dado o castigo eterno.
Meditação: O que o texto me diz?
O julgamento não é um tribunal como os que conhecemos e tomamos parte em nossa realidade. É uma avaliação de ações e omissões, cujo critério central é a misericórdia. Fazemos parte do rebanho do juiz-pastor quando somos capazes de ver com o coração as fragilidades do outro e, movidos pelo amor, nos aproximar e cuidar deles. Se nesta caminhada, de fato defendemos a vida (nossa, do outro, da criação), nossa vida será plenificado pelo Senhor.
Oração: o que o texto me faz dizer?
Reconhecer Jesus no outro é um desafio, especialmente quando este irmão menor está desfigurado pelas consequências de nossas ações e omissões sociais. Senhor, queremos assumir um novo olhar que nos impulsione a atitudes de misericórdia. Que nossa bem-aventurança, nossa felicidade, seja dispor dos talentos que nos destes no serviço aos irmãos. Que estes irmãos menores não sejam invisíveis para nós. Que a luz da lâmpada acesa, que carregamos vigilantes, nos permita reconhecer neles vosso rosto e vossa presença.
Contemplação: o que o texto faz em mim?
A justiça de Deus se pauta pelo amor misericordioso. Isso é uma novidade e tanto, que causa naquele que quer seguir Jesus uma grande transformação interior. Nosso tribunal interior, não raras vezes, é marcado pelo ritualismo e pelo legalismo. Esses critérios são insuficientes diante do Senhor e precisam ser revistos.
Ação: o que posso fazer do texto?
O final do ano litúrgico é ocasião propícia para uma revisão de vida, uma avaliação profunda do nosso ser cristão. O Evangelho nos deu o gabarito para verificarmos, com clareza e profundidade, como temos agido. Depois de um ano desafiador, a misericórdia é o termômetro ideal para verificarmos quem e o quê aquece o nosso coração. Assim, podemos reeducar o nosso agir e reconhecer Jesus.
* Pedro Henrique Mendonça Fernandes – catequista e coordenador diocesano de Catequese na Diocese da Campanha/MG