Oração: alimento para nossa fé
20 de fevereiro de 2017Edificados sobre a rocha (Mateus 16,13-19)
22 de fevereiro de 2017Jesus e os discípulos saíram daquele lugar e continuaram atravessando a Galileia. Jesus não queria que ninguém soubesse onde ele estava porque estava ensinando os discípulos. Ele lhes dizia:
— O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; mas três dias depois ele ressuscitará.
Eles não entendiam o que Jesus dizia, mas tinham medo de perguntar.
Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Cafarnaum. Quando já estavam em casa, Jesus perguntou aos doze discípulos:
— O que é que vocês estavam discutindo no caminho?
Mas eles ficaram calados porque no caminho tinham discutido sobre qual deles era o mais importante.
Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse:
— Se alguém quer ser o primeiro, deve ficar em último lugar e servir a todos.
Aí segurou uma criança e a pôs no meio deles. E, abraçando-a, disse aos discípulos:
— Aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará também me recebendo. E quem me receber não recebe somente a mim, mas também aquele que me enviou.
Com a certeza da presença da Trindade e dos dons do discernimento, sabedoria e fé dados pelo Espírito Santo, coloquemo-nos abertos e atentos para compreender o que as palavras de hoje nos trazem.
“Jesus não queria que ninguém soubesse onde ele estava porque estava ensinando os discípulos”.
Que bonito, Senhor, perceber o carinho com que você cuida de sua relação com seus discípulos. Agora eu me sinto assim, envolvido por seu cuidado. Estamos a sós e o Senhor está me ensinando. Temos estado tão ocupados, não é mesmo? Quase não dá tempo de ficarmos um pouco a sós. Mas estamos aqui e eu posso voltar toda minha atenção para o Senhor.
“Eles não entendiam o que Jesus dizia, mas tinham medo de perguntar”.
Eu também já percebi que, às vezes, fico com receio de lhe perguntar. Um pouco de temor das águas profundas.
Hoje, gostaria de alargar mais meu conhecimento sobre você, ficar ainda mais próximo, compreender mais sua paixão, morte e ressurreição, perceber como, na minha vida, posso participar da sua experiência.
Eu sei que o Senhor continua sofrendo em cada um que sofre e, por sua causa, é perseguido. Porém, este saber precisa vir mais para dentro do coração.
Cada dia em que me coloco aqui diante de você, sei que esta compreensão aumenta um pouco mais. Por isso, quero ser destes discípulos próximos, com os quais o Senhor pode ter um momento a sós, no qual partilha do que lhe é mais íntimo.
“Jesus perguntou aos doze discípulos: ‘O que é que vocês estavam discutindo no caminho’? Mas eles ficaram calados…”
O Senhor já sabe tudo que levamos no coração. Contudo, como excelente Mestre, deseja que falemos a respeito. Verbalizar o que levamos no coração é a possibilidade de curarmos nossas feridas. Naquele dia, os discípulos ficaram com vergonha e não quiseram falar. Sabiam que estavam se comportando de forma diversa daquela que o Senhor havia ensinado. De qualquer forma, cada um conversou consigo mesmo e sabia que você não aprovava aquela atitude e isso lhes incomodava.
“Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse”.
Querido Mestre, é admirável sua paciência para ensinar. O Senhor se assentou e criou um ambiente aconchegante. Olhou nos olhos de cada um e pronunciou seu maior mandamento. Quem quiser amar como o Senhor ama, deve se colocar em último lugar e servir a todos.
E, naquele ambiente aconchegante, o Senhor deixou a cena mais gráfica. Nenhum dos seus discípulos iria se esquecer daquela criança colocada em seu colo. Ela representa todos aqueles que devo receber e servir: os pequenos e frágeis, os mais necessitados, os que não têm como se defender, os que estão à margem, enfim, todos para os quais o Senhor viveu.
Acho que o Senhor não seria muito aceito nos dias de hoje também não. Suas ideias são realmente muito subversivas! Nossa sociedade dá valor a quem está por cima, a quem tem mais posses e mais poder. Provavelmente, o Senhor iria ganhar alguns rótulos muito pejorativos e seria novamente crucificado.
De qualquer forma, eu acredito nas suas palavras. Elas fazem sentido para mim e só nelas vejo a vida verdadeira. Aumenta minha fé, de tal forma que eu permaneça em você e não me desvie do seu caminho.
“E quem me receber não recebe somente a mim, mas também aquele que me enviou”.
Senhor, eu sei que já sou habitação da Trindade, assim como cada humano é. Mas agora você esclarece que é necessário a gente recebê-la. Nós a recebemos quando recebemos você. Nós recebemos você, quando recebemos sua palavra e a colocamos em prática. Nós a colocamos em prática quando acolhemos e cuidamos dos mais frágeis, como aquela criança que se assentou no seu colo.
Maria, mãezinha querida, continue olhando por nós, para que possamos ser fiéis seguidores de Jesus Cristo, sabendo escutar e colocar em prática seus ensinamentos. Amém!
***
João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte