Não abandonem a sua fé (Jo 15, 26 — 16,4a)
2 de maio de 2016O Espírito nos ensina toda a verdade (Jo 16, 12-15)
4 de maio de 2016Jesus respondeu:
— Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim. Agora que vocês me conhecem, conhecerão também o meu Pai. E desde agora vocês o conhecem e o têm visto.
Filipe disse a Jesus:
— Senhor, mostre-nos o Pai, e assim não precisaremos de mais nada.
Jesus respondeu:
— Faz tanto tempo que estou com vocês, Filipe, e você ainda não me conhece? Quem me vê vê também o Pai. Por que é que você diz: “Mostre-nos o Pai”? Será que você não crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?
Então Jesus disse aos discípulos:
— O que eu digo a vocês não digo em meu próprio nome; o Pai, que está em mim, é quem faz o seu trabalho. Creiam no que lhes digo: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Se vocês não creem por causa das minhas palavras, creiam pelo menos por causa das coisas que eu faço. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem crê em mim fará as coisas que eu faço e até maiores do que estas, pois eu vou para o meu Pai. E tudo o que vocês pedirem em meu nome eu farei, a fim de que o Filho revele a natureza gloriosa do Pai. Eu farei qualquer coisa que vocês me pedirem em meu nome.
Procuremos um lugar adequado para a oração. Um lugar tranquilo aonde nos sintamos bem e peçamos ao Espírito Santo que venha em nosso auxílio e nos dê o entendimento necessário para melhor compreender as palavras do texto.
Lendo e relendo o texto, minha atenção se volta completamente para a afirmação de Jesus: “Quem me vê vê também o Pai”.
O quê vejo em Jesus? O quê Jesus me revela do Pai?
Lembro-me da primeira carta de João, que diz assim: “Queridos amigos, amemos uns aos outros porque o amor vem de Deus. Quem ama é filho de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não o conhece, pois Deus é amor” (1Jo 4, 7-8).
Esta é a face de Deus que Jesus me revela: quando olho para Jesus, em minhas orações com a palavra, só vejo amor.
Jesus está pleno do Pai. Sua comunhão com o Pai é de tal ordem que Ele afirma em seguida: “O que eu digo a vocês não digo em meu próprio nome; o Pai, que está em mim, é quem faz o seu trabalho”.
Jesus se revela como sendo a ação do Pai entre nós, pois o Pai, que está nele, é quem realiza o trabalho.
Encanta-me a continuação do texto, pois Jesus estende a possibilidade desta união a nós: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem crê em mim fará as coisas que eu faço e até maiores do que estas, pois eu vou para o meu Pai”. E uma vez junto ao Pai, Ele nos garante: “Eu farei qualquer coisa que vocês me pedirem em meu nome”.
Então, eu me pergunto: o quê Jesus pode fazer por mim?
Ora, a oração de hoje não me deixa dúvidas de que meu pedido a Jesus é para que Ele possa infundir em mim o seu amor. Percebo que o amor, posto assim, é a força realizadora de tudo. Ele está na essência de nossa criação e é o quê nos torna humanos, ou seja, imagem e semelhança de Deus. Fora do amor, a humanidade deixa de existir, se desumaniza.
Maria, nossa querida mãe, que em sua humildade aprendeu a ser discípula de seu filho, acompanhe-nos e nos anime a cultivar o amor que vem de Jesus e a amar como Ele nos amou. Amém!
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João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte