Natividade de João Batista (Lc 1, 57-66)
23 de junho de 2017“Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês”
27 de junho de 2017Evangelho – Mt 7,1-5
1 — Não julguem os outros para vocês não serem julgados por Deus. 2Porque Deus julgará vocês do mesmo modo que vocês julgarem os outros e usará com vocês a mesma medida que vocês usarem para medir os outros. 3Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? 4Como é que você pode dizer ao seu irmão: “Me deixe tirar esse cisco do seu olho”, quando você está com uma trave no seu próprio olho? 5Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.
6 — Não deem para os cachorros o que é sagrado, pois eles se virarão contra vocês e os atacarão; não joguem as suas pérolas para os porcos, pois eles as pisarão.
7 — Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês.
Vinde Espírito Santo e iluminai nossa mente neste momento de oração para que tenhamos abertura ao que hoje Jesus quer que guardemos em nossos corações.
Bastante conhecido, o evangelho de hoje nos convida a um mergulho em nosso interior para sondarmos nossa verdadeira condição de humanos. Somos educados em uma cultura, cuja cobrança de padrões pré-estabelecidos dita como todos devem ser. O pensamento limitado de nossa sociedade se manifesta em nós sem que nem percebamos ao condenarmos os outros e ao esperarmos que sejam como nós queremos.
O mestre hoje nos alerta para a hipocrisia que estampamos por meio desse comportamento. É como se houvesse um vírus dentro de nós pronto a ser acionado quando algo foge do que consideramos melhor.
Com que direito achamos que podemos nos pronunciar sobre a vida dos outros? Se Deus criou cada um de nós para sermos únicos, por que essa insistência em padrões?
Precisamos nos trabalhar e desautomatizar esse comportamento negativo. Antes de proferir julgamentos, que nós nos lembremos do evangelho em que a “mulher pecadora” só não foi apedrejada por causa da fala de Jesus “atire a primeira pedra quem nunca errou”. Se também somos propensos ao mesmo erro que condenamos, uma vez que somos imperfeitos, não nos seria dado o direito de julgar. Por que tendemos a achar que Deus nos ama mais que àquele a quem julgamos? Não somos todos seus filhos?
Sabendo que o poder de julgar só pode ser de Deus, ao assumirmos essa função, agimos como se fôssemos realmente melhores que os outros, mesmo que digamos o contrário em nosso discurso. A continuarmos com esse comportamento, estamos dizendo que não entendemos mesmo nada do que Jesus nos ensina.
Precisamos ser mais vigilantes quanto ao que o evangelho de hoje diz, pois, em rodas de conversas com amigos ou conhecidos, é muito fácil cairmos na tentação de avaliar comportamentos e escolhas alheias.
Jesus, ensina-nos a sermos mais humanos com nosso próximo. Ajuda-nos a entender que fomos criados para a diferença e não para padronizações. Precisamos de sua inspiração para vivermos melhor a Sua Lei do Amor. Chega de julgamentos. Questões de gênero, escolhas profissionais, decisões de vida e até mesmo o jeito de ser. Nada disso é pra ser julgado.
Que nos preocupemos, antes de tudo, em tirar a trave de nosso olho, em sermos melhores, em recebermos o outro exatamente do jeito que ele é. Se temos que contribuir para que aquele que está do nosso lado possa ser melhor, que seja pela acolhida, pela compreensão. Não pelo julgamento.
Pedimos hoje, Mestre, que Você mantenha para nós aberta a porta desse Amor tão verdadeiro e profundo que você veio nos ensinar para, todas as vezes que sentirmos o impulso de condenar, que um pouco desse sentimento e nos silenciemos ao invés de pronunciar falas que machucam, que desestimulam o outro de ser melhor.
Especialmente, hoje, Jesus, colocamos em seu coração, todo nosso agradecimento pela vida do fundador de nossa comunidade Verbum Dei, Jaime Bonet Bonet, que foi para junto do Pai na noite de ontem (25-06). Somos profundamente gratos por tudo que esse homem de fé e de fibra nos ensinou. Como grande apóstolo, imprimiu em nós um carisma peculiar e de intimidade com Você, Jesus, ensinou-nos a não medir, e, ao contrário disso, ensinou-nos a usar mais o coração.
Impossível não associar os ensinamentos de Jaime à imagem de um Deus apaixonado, que nos ama sempre, sempre e que tem o coração em estado de alegria constante com nossa presença. Suas palavras, seus ensinamentos continuarão gravados em nós e, certamente, se perpetuarão em nossas ações.
Receba hoje, Pai amado, nossa gratidão eterna pela vida de Jaime!.
Amém!
Ana Paula Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte.