Enviados com autoridade (Marcos 6,7-13)
5 de fevereiro de 2015Pastoras e pastores no Pastor (Marcos 6,30-34)
7 de fevereiro de 2015“O rei Herodes ouviu falar de tudo isso porque a fama de Jesus se havia espalhado por toda parte. Alguns diziam:
– Esse homem é João Batista, que foi ressuscitado! Por isso esse homem tem poder para fazer milagres.
Outros diziam que ele era Elias. Mas alguns afirmavam:
– Ele é profeta, como um daqueles profetas antigos.
Quando Herodes ouviu isso, disse:
– Ele é João Batista! Eu mandei cortar a cabeça dele, e agora ele foi ressuscitado!
Pois tinha sido Herodes mesmo quem havia mandado prender João, amarrar as suas mãos e jogá-lo na cadeia. Ele havia feito isso por causa de Herodias, com quem havia casado, embora ela fosse esposa do seu irmão Filipe. Por isso João tinha dito muitas vezes a Herodes: ‘Pela nossa Lei você é proibido de casar com a esposa do seu irmão!’
Herodias estava furiosa com João e queria matá-lo. Mas não podia porque Herodes tinha medo dele, pois sabia que ele era homem bom e dedicado a Deus. Por isso Herodes protegia João. E, quando o ouvia falar, ficava sem saber o que fazer, mas mesmo assim gostava de escutá-lo.
Porém no dia do aniversário de Herodes apareceu a ocasião que Herodias estava esperando. Nesse dia Herodes deu um banquete para as pessoas importantes do seu governo: altos funcionários, chefes militares e autoridades da Galileia. Durante o banquete a filha de Herodias entrou no salão e dançou. Herodes e os seus convidados gostaram muito da dança. Então o rei disse à moça:
– Peça o que quiser, e eu lhe darei.
E jurou:
– Prometo que darei o que você pedir, mesmo que seja a metade do meu reino!
Ela foi perguntar à sua mãe o que devia pedir. E a mãe respondeu:
– Peça a cabeça de João Batista.
No mesmo instante a moça voltou depressa aonde estava o rei e pediu:
– Quero a cabeça de João Batista num prato, agora mesmo!
Herodes ficou muito triste, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, não pôde deixar de atender o pedido da moça. Mandou imediatamente um soldado da guarda trazer a cabeça de João. O soldado foi à cadeia, cortou a cabeça de João, pôs num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os discípulos de João souberam disso, vieram, levaram o corpo dele e o sepultaram.”
Vamos contemplar Herodes e João Batista, atendando para os valores de cada um e como eles se expressam em suas atitudes e escolhas.
João, o exemplo de coerência. Austero, completamente consagrado à sua missão, e vivendo-a com humildade e verdade. Sabendo-se não o Messias, mas aquele que prepara o seu caminho. E de fato preparando as pessoas para converter-se ao Senhor. Não tendo medo de dizer a verdade até à maior autoridade, o rei Herodes, e enfrentar seu poder por apontar algo que não estava certo diante de Deus, que era um entre tantos sinais de corrupção da sua pessoa e do seu governo. Ver João indo até o final por fidelidade ao seu chamado. E ver nele tantos rostos atuais, tantas pessoas que não se calam diante dos poderosos, ainda que lhes custe a vida.
E em Herodes, o que vemos? Ler novamente o texto e enxergar diante de nós este contexto que o cercava e ele mesmo fomentava e criava. Mentira, abuso de autoridade (coloca-se acima da Lei, mesmo da Lei do Senhor), ganância, vaidade, imagem, luxúria. Ver em seu poder sua maior fraqueza. Afinal, ele é manipulado por causa dele a fazer o que não queria, mas não tinha forças de agir contra. E, como dizia Santo Inácio, é preciso agir contra as propostas do mau espírito. Ver as cenas da nossa sociedade atual nesta direção.
E eu, Senhor? Quais são os meus valores? Como os tenho praticado? Em que os meus comportamentos os expressam? E até onde sou capaz de ir por eles?
Se reconhecermos em nós uma ambiguidade, oferecê-la com humildade ao Pai, pedindo-lhe a graça da conversão diária, e de cada vez mais, fortalecidos por Ele, optar pelo Reino, nas várias situações e diante das várias propostas.
Que Maria nos dê a mão e ajude a ser fieis, na graça do seu Filho.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner.