“Assim como me enviaste eu também os enviei ao mundo”
27 de maio de 2020Tu sabes que eu te amo…
29 de maio de 202028/05/2020
Leitura Jo 17, 20-26 – O que o texto diz?
Terceira e última parte da oração sacerdotal. Mais uma vez o autor ressalta pontos fortes de sua teologia: a pré-existência de Jesus, sua natureza divina ratificada em sua unidade perfeita com o Pai: a Glória do Pai é partilhada pelo Filho. Ele roga ao Pai pelas futuras gerações de seus seguidores, isto é, a sua Igreja. Pede por todos os cristãos de todas as épocas, para que todos eles façam uma experiência profunda com a Trindade Santa e partilhem de sua glória. Ele pede que essa Igreja seja uma Igreja missionária para levar a santidade e a glória de Deus a todos os seus filhos e filhas.
Meditação: O que o texto me diz? A Palavra chega à razão
Como entender a súplica de um Deus por sua Igreja? A única resposta seria o amor. Esse amor que Deus oferece a cada um de nós, seus filhos e filhas, é essa experiência de amor entre Pai , Filho e Espírito Santo que Jesus pede que seus seguidores façam. Os cristãos de ontem, de hoje e de amanhã são convocados a experienciar esse amor. Porque somente vivendo esse amor a Igreja de Cristo poderá ser uma igreja missionária, solidária e fraterna neste mundo e resplandecer essa glória divina até os confins da terra.
Oração: O que o texto me faz dizer? A Palavra chega ao coração.
Depois de meditarmos esse momento único de uma divindade que pede por sua Igreja, vamos fazer nossa oração. Converse com Jesus; conte para Ele suas dificuldades de se colocar como discípulo(a) de sua Igreja. Diga-lhe que lhe falta essa experiência de amor comunitário. E nunca esqueça do grande amor que Ele tem por você, que Ele te conhece como você é. Então, não tenha medo de estar em sua presença, pois Ele é o próprio amor.
Contemplação: O que o texto faz em mim? A Resposta de Deus.
Neste momento da contemplação é o próprio Deus que te fala ao coração, e nesta resposta amorosa de Deus está todo amor e ternura com que um pai acolhe o filho que pede para retornar ao aconchego paterno. Esse momento é aquele que todos nós como crianças nos sentimos seguros: no colo da mãe-pai. Aproveite esse momento único com o Deus que te chama de filhinho(a) e que te ama de maneira particular e especial.
Ação: O que o texto me faz agir? Frutos da Palavra
Depois dessa experiência amorosa com Deus na oração é hora de pensar como colocar essa Palavra como prática de vida. Sabemos que o amor não é somente sentimento, mas é sobretudo ação, é sobretudo serviço. No contexto de pandemia ao qual nos encontramos temos inúmeras maneiras de fazer algum gesto de amor. Nos orgulha ver uma igreja solidária e fraterna que sabe se colocar a serviço dos mais vulneráveis. E você, como pode viver em gestos esse amor? Pode começar por transformar o seu “mundo”: ficando em casa, protegendo-se e protegendo aos seus; às vezes tendo mais paciência com os mais velhos que vivem com você, outras vezes lendo a Bíblia para seus avós ou seus pais. Todo gesto de servir é um ato de amor.
Ir. Ana Lucia Alencar de Souza, NJ
Graduada em Teologia e Especialista em Bíblia (Faculdade Católica de Fortaleza).
Coordenadora da Comissão Bíblica da Arquidiocese de Teresina- PI