Um coração sensível
23 de julho de 2015O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir.
25 de julho de 2015Leitura: Mateus 13, 18-23
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Ouvi a parábola do semeador: Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho. A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento: quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo. A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto. A semente que caiu em boa terra é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta”.
Oração: Que terreno somos?
Jesus nos revela a existência de quatro terrenos onde sua Palavra é semeada. São quatro tipos de atitudes e consequências possíveis diante da escuta de sua mensagem, que é semente criada pelo Pai, para frutificação no mundo e estabelecimento de seu Reino. Cada um de nós, em nossa liberdade, pode apresentar ao Pai um desses terrenos. Há aquele terreno da beira do caminho, onde a Palavra semeada é roubada por tudo aquilo que é mau; há o terreno cheio de pedras, onde a Palavra encontra alguma boa receptividade, mas acaba não se firmando, alcança-o apenas por um momento, pela inexistência de profundidade; há o terreno repleto de espinhos, onde não há espaço para a Palavra, já que as preocupações do mundo e as ilusões materiais acabam por expulsá-la dali. Há, por fim, a terra boa, aquela que toma a Palavra como verdadeiro fertilizante, fazendo com que ali se produza inúmeros frutos.
Hoje é dia de refletirmos sobre qual tipo de terreno podemos apresentar agora ao Pai. Dia de pensarmos sobre como temos lidado com a Palavra que nos é oferecida por Ele. É certo que a simples escuta dela não nos garante bons frutos, com abundante colheita. É preciso, pensá-la, firmá-la em nosso coração e, sobretudo, aplicá-la, vivê-la em nossas situações. É imenso desafio encontrar lugar para a Palavra no nosso mundo confuso, tanto distorcido. Mas um bom terreno, uma vida espiritualmente rica, não quer que a Palavra vá para fora do caminho, não se deixa cobrir completamente por pedras ou espinhos. É possível que em alguns momentos esse terreno encontre algumas pedras ou espinhos, como é possível que deixe algumas sementes escaparem do percurso, mas há sempre a preocupação de removê-los, a fim de deixar a Palavra brotar em todo o campo, para frutificar em todo o campo da nossa vida.
Aproveitemos esta sexta-feira para fazermos uma revisão de nossa vida e do nosso contato com a Palavra. Busquemos identificar o que tem nos feito deixar a Palavra de fora do caminho, ou o que tem sido espinho e pedra no nosso dia a dia. Por fim, peçamos para que Jesus, nosso semeador, nos ajude a viver sua Palavra de modo incansável, na intenção de estarmos cada dia mais pertencentes ao Reino que ele nos prepara.
Marcelo Camargos. Acadêmico de medicina na UFMG. Família Missionária Verbum Dei.