Não sejas incrédulo, mas fiel (Jo 20, 24-29)
3 de julho de 2013Vem e segue-me (Mt 9, 9-13)
5 de julho de 2013O evangelho de hoje tem como palavras-chave o pecado e o perdão, a paralisia e o movimento. De fato, se pensarmos que o Espírito de Deus é um sopro de amor que dinamiza a vida humana, colocando em movimento tudo que precisa de reparação, então temos de admitir que o pecado é a paralisia, e contra esse problema há o perdão, que desobstrui tudo que nos trava.
Hoje, possamos responder: que lembranças não me deixam caminhar? Que ofensas não me deixam seguir adiante? Que palavras, que gestos tiram de meus olhos a perspectiva de futuro? Jesus apresenta o perdão como remédio para tudo isso, seja o pedido de perdão, seja o perdão que damos, aos outros e a nós mesmos.
Há dois grupos de homens nesse evangelho, e é preciso que escolhamos a qual deles pertencemos. De um lado, temos os mestres da Lei, que julgaram absurdo que um homem perdoe os pecados do outro. Do outro lado, o paralítico e seus amigos, que o levaram até Jesus. O primeiro grupo, com base na tradição, recrimina o perdão de Jesus. O segundo grupo, movido pelo amor ao amigo e desprezando as convenções, chegam até Jesus.
Bonito reparar nisto: vendo a fé que tinham os amigos do paralítico, Jesus diz-lhe que seus pecados foram perdoados. Enxergando o legalismo dos mestres da Lei, Jesus ordena que o paralítico ande. Como São Paulo afirma, “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8, 28). Que bom será se estivermos sempre do lado daqueles cuja fé faz estremecer o coração de Deus, arrancando d’Ele a misericórdia que move o mundo!
João Gustavo Henriques de Morais Fonseca, graduando em Direito na UFMG – Família Missionária Verbum Dei – FamVD