Íntimo do Pai (Jo 5,17-30)
2 de abril de 2014Não conheceis quem me enviou (Jo 7,1-2.10.25-30)
4 de abril de 2014Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: “Se eu der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não vale. Mas há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.
Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano. Mas falo assim para a vossa salvação. João era uma lâmpada que estava acesa e a brilhar, e vós com prazer vos alegrastes por um tempo com sua luz.
Mas eu tenho um testemunho maior que o de João; as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou. E também o Pai que me enviou dá testemunho a meu favor. Vós nunca ouvistes sua voz, nem vistes sua face, e sua palavra não encontrou morada em vós, pois não acreditais naquele que ele enviou.
Vós examinais as Escrituras, pensando que nelas possuís a vida eterna. No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim, mas não quereis vir a mim para ter a vida eterna! Eu não recebo a glória que vem dos homens. Mas eu sei que não tendes em vós o amor de Deus. Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis. Mas, se um outro viesse em seu próprio nome, a este vós o receberíeis.
Como podereis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus? Não penseis que eu vos acusarei diante do Pai. Há alguém que vos acusa: Moisés, no qual colocais a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés, também acreditaríeis em mim, pois foi a respeito de mim que ele escreveu. Mas se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis então nas minhas palavras?”
Jesus procura mostrar que suas obras são o maior testemunho de que Ele é o enviado de Deus, contudo, nada parece ser suficiente para que os judeus acreditem nele.
Depois de ler esse trecho do evangelho várias vezes, o que mais me chamou a atenção foi: “Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis. Mas, se um outro viesse em seu próprio nome, a este vós o receberíeis”.
Jesus não procura fazer ou falar aquilo que nos fará sentir confortáveis. Ele faz as obras que o Pai lhe concedeu realizar. Obras que podem não estar de acordo com os ideais que concebemos a respeito de Deus.
Penso que um perigo que nos rodeia é ajeitarmos a palavra para que ela tenha o significado mais adequado ao nosso conforto.
Outro perigo é aceitarmos as interpretações da palavra que mais nos convêm, ao invés de buscarmos o discernimento mediante nossa oração sincera.
Se cairmos nessas armadilhas, poderemos nos tornar como os judeus com os quais Jesus falava e, mesmo sendo muito “orantes”, correremos o risco de ouvir de Jesus: “Vós nunca ouvistes sua voz, nem vistes sua face, e sua palavra não encontrou morada em vós, pois não acreditais naquele que ele enviou.”
Acreditar, mais que uma aceitação intelectual, é uma mudança de comportamento, é uma conversão, na prática, em direção àquilo em que acreditamos.
Na oração, vamos verificar o que ainda falta mudarmos em nossas atitudes e comportamentos, para que a Palavra, de fato, encontre morada em nós. O que falta para ficarmos mais conectados com Deus? Estou separando tempo adequado para me dedicar à oração? Como tenho colocado em prática os frutos da oração?
Peçamos a Maria, mãezinha querida, que nos acompanhe neste caminho de encontro pessoal com Jesus. Amém!
João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG