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Jo 8,21-30: Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou.
Leitura: o que o texto diz?
Nos próximos dias, veremos os embates cada vez mais dramáticos entre Jesus e os fariseus. Durante todo o evangelho de João, Jesus ia apresentando pouco a pouco os sinais que mostrariam que ele era o Messias esperado, mas os fariseus eram incapazes de percebê-los. Esses últimos momentos são como um ultimato: “vocês não me conhecem, se tivessem reconhecido os sinais de meu Pai, aí sim teriam me conhecido”. Jesus está junto do Pai, os fariseus, infelizmente, estão afastados.
Meditação: o que o texto me diz?
O tempo da composição do evangelho retrata indiretamente os conflitos que aconteciam no começo da Igreja, entre a comunidade cristã e a judaica. A origem do conflito é exatamente o afastamento de Deus e a incapacidade de reconhecer Jesus como o Messias esperado através dos seus sinais. Hoje em dia, quais são os conflitos que estamos inseridos? Como Jesus pode brilhar nessas situações?
Oração: o que o texto me faz dizer?
Deus se manifesta na nossa vida. Que ele possa nos dar olhos abertos para enxergar esses sinais. Que ele abra o nosso coração para a sua ação. Como é importante pedir o dom da fé, principalmente naqueles momentos que ela fraqueja. Não podemos nos esquecer nunca que Jesus é o Senhor da nossa vida, que a nossa oração seja uma renovação dessa confiança e um pedido para que ele se torne cada vez mais próximos de nós.
Contemplação: o que o texto faz em mim?
Os fariseus tinham olhos humanos, enquanto os olhos de Jesus estavam sempre em direção ao Pai. Ele nos ensina a nos relacionar com Deus com confiança para que a sua glória seja manifestada. E a sua glória é o amor de Jesus. Deixemos que esse amor brote no coração e transborde, tomando de conta de nossos pensamentos, nossas emoções e nossas dores. Nada é oculto ao Pai e nesse momento ele quer falar.
Ação: o que o texto me leva a fazer?
Os fariseus foram incapazes de reconhecer Jesus. Por causa do medo ou da sua rigidez ao interpretar a Lei, deixaram passar o mais importante e procuraram perseguir o Senhor da Vida. Será que na nossa vida estamos deixando os conflitos tomarem conta de quem somos? Será que medo e rigidez também estão presentes no nosso comportamento? E se estiverem presentes, será que estão nos impedindo de conhecer a vida plena?
João Victor Batista – Membro leigo do Instituto Religioso Nova Jerusalém. Mestrando em Economia pela Universidade Federal do Ceará.