“Tocamos flauta, mas não dançastes”
16 de setembro de 2020Andava por cidades e povoados…
18 de setembro de 2020“Qual dos dois amarás mais”?
17/09/2020 – Lc 7, 36-50
Leitura: o que o texto diz?
Jesus aceitando um convite de um fariseu a comer em sua casa, o primeiro ato é o acolhimento em meio a lágrimas de uma mulher conhecida apenas por pecadora. Rejeitando interiormente a ação da mulher, o fariseu sente-se incomodado a ponto de questionar a identidade profética de Jesus e confirmar a identidade pecadora mulher, “Se este home fosse profeta, saberia bem quem é mulher que o toca, porque é uma pecadora!”. Jesus põe fim neste determinado julgamento, aceitando a ação espontânea e verdadeira da mulher, perdoando seus pecados, colocando-a como modelo autentico de confiança total em sua misericórdia.
Meditação: o que o Senhor me diz por meio da Palavra?
Meditemos na postura de Jesus em unir-se tão somente a figuras pecadoras neste texto. Estar na casa de um Fariseu, seria comungar com as interpretações maldosas que estes faziam conscientemente e a seu favor e a mulher pecadora, provavelmente seria uma mulher que por necessidade garantia seu sustento pelas atividades prazerosas do seu corpo. Estar entre pecadores implica uma busca pela dignidade deles que não mede pessoa, espaço, ou situação.
Oração: o que o texto me faz dizer a Deus?
Diante de mulheres que hoje derramam suas lágrimas de forma escondida, que não sentem-se encorajadas a gritar suas dores ao mundo, possamos nós ir de encontro a tantos sofrimentos sufocados em busca de uma experiência de vida nova
Contemplação: o que Deus, através do texto, faz em mim?
Os movimentos da mulher e de Jesus, parecem seguir uma harmonia. A mulher sabe reconhecer sua condição e, portanto, cada ato seu corresponde à necessidade de sua alma. Já Jesus, acompanha todos os detalhes deixando-se levar pelo ritmo que é imposto pela pecadora.
Ação: que gestos concretos a Palavra de Deus me impulsiona a fazer?
A mística do acolhimento se faz neste texto. Como Jesus da total liberdade para a mulher debruçar aos seus pés e lá se sentir amada, possamos acolher com a mesma dignidade nossos irmãos que simplesmente precisam de nosso sorriso, abraço ou até uma palavra de consolo.
Ir. Luiz Antonio dos Santos Vieira, INJ
Membro do Instituto Religioso Nova Jerusalém. Graduado em Filosofia pela Faculdade Católica de Fortaleza (FCF) e Graduando Teologia pela Faculdade Católica do Rio Grande do Norte (FCRN)