Fazer da oração vivência
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19 de junho de 2021Sexta-feira – 18/06 – Sexta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
Mt 6,19-23 – Possuir
Leitura: o que o texto diz?
Prosseguindo com seu ensinamento aos discípulos sobre como viver a fé de modo mais autêntico e purificado, Jesus adverte sobre as posses. O acúmulo de tesouros não deve ocorrer na terra, mas no céu, afinal onde está o tesouro está também o coração de quem os reuniu. Por fim, Jesus chama a atenção sobre a maneira como se olha o mundo, as relações as posses, podendo ser esse olhar gerador de luz ou de escuridão.
Meditação: o que o texto me diz?
No cenário econômico em que vivemos, acumular posses continua a ser o objetivo de vida de muitas pessoas. Acumular riqueza no céu, não se trata de atribuir a lógica de mercado à vivência da fé, mas fazer da lógica cristã o referencial para lidar com os bens. Tudo o que somos, fazemos e temos deve ser pensado e colocado a serviço da construção do Reino, que é dos Céus, mas que pode acontecer já aqui na terra. Mudar o olhar é mudar nossa forma de avaliar o uso que fazemos dos bens que dispomos. Um olhar sadio é um olhar generoso; um olhar doente é um olhar egoísta.
Oração: o que o texto me faz dizer?
Valorizamos o que amamos; amamos o que valorizamos. Senhor, ajudai-nos a aprender a dar o devido valor às pessoas, oportunidades, relações e bens ao nosso redor. Que nosso coração, que nossos bons sentimentos não se corrompam trancafiados nos cofres deste mundo e nem sejam roubados de nós. Ajuda-nos a, vivendo a generosidade da partilha, reunir os tesouros do Reino.
Contemplação: o que o texto faz em mim?
Este texto provoca em nós uma transformação em nossa relação com aquilo que temos e com aquilo que queremos ter. Causa um reequilibro nessa relação, recordando-nos de que possuir tesouro é reconhecer e saber dar valor aos tesouros que existem em si e nos outros.
Ação: o que posso fazer do texto?
A palavra que meditamos nos convida a uma conversão do olhar; a passar de um olhar doente para um olhar sadio. Isso acontece na medida em que mudamos nosso modo de avaliar o que está dentro de nós e o que está ao nosso redor, deixando de lado os critérios meramente lucrativos da sociedade em que vivemos, para assumir o critério da partilha que o Reino nos propõe.
* Pedro Henrique Mendonça Fernandes – catequista coordenador diocesano da Catequese na Diocese da Campanha/MG