O olhar de Simeão (Lc 2,22-35)
29 de dezembro de 2017“Que fique alegre o coração de todos os que adoram a Deus, o Senhor!”
31 de dezembro de 2017Lc 2,36-40
Havia ali também uma profetisa chamada Ana, que era viúva e muito idosa. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Sete anos depois que ela havia casado, o seu marido morreu. Agora ela estava com oitenta e quatro anos de idade. Nunca saía do pátio do Templo e adorava a Deus dia e noite, jejuando e fazendo orações. Naquele momento ela chegou e começou a louvar a Deus e a falar a respeito do menino para todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Bom dia, Santíssima Trindade! Obrigada por esse dia. Obrigada pela graça da vida. Abençoe-nos para que possamos desfrutar desse momento de oração com o coração e mente abertos, olhos e ouvidos atentos. Que, alimentados pela Palavra, possamos deixar-nos transformar.
Na leitura de hoje fica evidente a sensibilidade de Ana. Uma viúva que se dedicava ao jejum e à oração, foi capaz de reconhecer naquele bebê nos braços de Maria, junto de José, o Salvador. Ela o reconheceu e proclamou àqueles que esperavam a salvação!
Quase sempre o final do ano é muito tumultuado: festas de confraternização, encerramento do semestre escolar, do ano letivo, balanço final nas empresas, encontros com familiares, amigos… Será que aí, no corre-corre, reconhecemos o recém nascido, o Salvador?
Como Ana conseguiu reconhecer Cristo? Um casal com vestes simples carregando uma criança. Uma cena comum. Mas não para Ana. Em outra versão bíblica diz que era de idade muito avançada e, quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Agora estava com oitenta e quatro anos de idade. Quanto tempo dedicada exclusivamente a Deus aquela mulher vivera! A sensibilidade de Ana foi sendo desenvolvida a medida que dedicou-se à oração e ao jejum.
Ana é um exemplo muito forte para todos nós. Certamente ela tinha uma relação bem próxima com Deus.
À luz desta leitura, algumas perguntas podem nos ajudar a fazer uma retrospectiva individual.
Quanto tempo tenho me dedicado à oração? Como avalio a qualidade desses momentos? O que posso melhorar para aumentar a minha intimidade com Deus? (Procurar ambientes e horários mais tranquilos?, Criar rotina?, Organizar o tempo no dia-a-dia?, Participar de retiros de silêncio?…)
Percebemos que Ana trilhou um longo caminho até reconhecer Jesus. Que Deus nos dê a graça de também fazê-lo com afinco, dedicando-nos à oração, ao jejum, à proclamar a Palavra, colocando-nos a serviço.
Que Maria, nossa mãe, nos auxilie nesse percurso, ensinando-nos a ser fieis ao Amor generoso e infinito de Deus. Que possamos viver tudo isso neste 2018 que se aproxima sob as bênçãos de Deus-Pai.
Amém.
Norma Parreiras da Silva – FaMVD – BH