Eu vos digo: não jureis de modo nenhum
13 de junho de 2020“Dar ao que te pede”
15 de junho de 202014/06/2020 – (Mt 9,36—10,8) -“Porque estava cansada e abatida”
Leitura: O que o texto diz?
De início, Jesus na sua sensibilidade percebe o cansaço da multidão e a extrema necessidade de uma representação (liderança) “Ovelhas sem pastor” (v36), que possa lutar por dignidade humana dos seus. Depois de ser tocado pelas dores do povo, o foco é lançado aos Apóstolos e lhes são apresentadas às motivações e diretrizes do apostolado, “Dirigi-vos antes as ovelhas perdidas da casa de Israel” (v 6), confirmado pois, pela situação existência e social de seu povo, que o levou a sentir compaixão “(…) porque estava cansada e abatida”.
Meditação: O que o texto me diz?
Medite nos detalhes mais sutis do texto e os que inquieta seu coração.
Perceba a dinâmica de Jesus que antes de sentir compaixão nos lança um olhar penetrante, capaz de adentrar nossas limitações e cansaço. Medite também sobre a maneira como Jesus se relaciona com os doze conhecendo-os todos na intimida pelo nome e por fim acolha a gratuidade da missa a qual ele lhe confia “De graças recebestes, de graças daí”.
Oração: O que o texto me faz dizer a Deus?
Recebe minha gratidão Senhor, pois sei que antes mesmo de viver meu apostolado é preciso compreender que venho da multidão, tenho as mesmas experiências sofridas e vitoriosas dos seus discípulos. Jesus confirme em minha alma tua eleição me retirando do meio da multidão.
Contemplação: O que Deus através do texto, faz em mim?
Sinto ardentemente as carícias que só encontro em Deus por senti compaixão também de mim em meio a uma multidão. Sinto meu cansaço recobrando ânimo e esperança ao ser alcançado perdido no ativismo de minhas colheitas diárias. Ascende em mim o desejo de resignificar um apostolado que abrace as dores do Outro.
Ação: O que o texto me faz agir?
Quando entendemos no texto que o apostolado de Jesus tem sua nascente nas dores da multidão, somos invadidos pelo desejo de assumir a mesma dinâmica. Nossa meta a partir do texto assume um direcionamento novo, porém compromissado com aqueles que insistem em permanecer perdidos nas multidões e lhes apresentar um único e definitivo pastor de suas almas, Jesus de Nazaré.
Ir. Luiz Antonio dos Santos Vieira, INJ
Membro do Instituto Religioso Nova Jerusalém. Graduado em Filosofia pela Faculdade Católica de Fortaleza (FCF) e Graduando Teologia pela Faculdade Católica do Rio Grande do Norte (FCRN)