“Então os dois subiram no barco, e o vento se acalmou”
7 de agosto de 2018A afirmação de Pedro (MT 16, 13 – 23)
9 de agosto de 2018Evangelho: Mt 15,21-28
“Jesus saiu dali e foi para a região que fica perto das cidades de Tiro e de Sidom. Certa mulher cananeia, que morava naquela terra, chegou perto dele e gritou:
— Senhor, Filho de Davi, tenha pena de mim! A minha filha está horrivelmente dominada por um demônio!
Mas Jesus não respondeu nada. Então os discípulos chegaram perto dele e disseram:
— Mande essa mulher embora, pois ela está vindo atrás de nós, fazendo muito barulho!
Jesus respondeu:
— Eu fui mandado somente para as ovelhas perdidas do povo de Israel.
Então ela veio, ajoelhou-se aos pés dele e disse:
— Senhor, me ajude!
Jesus disse:
— Não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo para os cachorros.
— Sim, senhor, — respondeu a mulher — mas até mesmo os cachorrinhos comem as migalhas que caem debaixo da mesa dos seus donos.
— Mulher, você tem muita fé! — disse Jesus. — Que seja feito o que você quer!
E naquele momento a filha dela ficou curada.”
Reflexão:
Na oração de hoje, peçamos ao Espírito a graça de fé, perseverança e humildade, inspirados pela mulher cananeia.
Ela encontrou 4 barreiras, mas continuou. Seu propósito era claro e valia a pena: a vida de sua filha.
A primeira barreira foi o silêncio de Jesus diante do seu apelo. Será que às vezes experimentamos esse silêncio? Qual a nossa reação? E qual a da mulher?
A segunda barreira foram os discípulos dizendo a Jesus que a mandasse embora, pois incomodava. Há uma música que diz “Comungar é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar”. Se nossa fé gera passos de transformação da nossa vida, das relações, dos ambientes ao nosso redor e da sociedade, ela é incômoda. Se passamos em brancas nuvens, será que estamos nos deixando desinstalar pelo Evangelho, para desinstalar também a outros e a estruturas injustas?
A terceira barreira veio do próprio Jesus que, como humano, pertencente a uma cultura, posiciona-se primeiramente de acordo com ela. “Eu fui mandado somente para as ovelhas perdidas do povo de Israel.” A mulher insiste e ele posiciona-se novamente, usando o termo “cachorrinhos”, que os judeus usavam para se referir aos estrangeiros.
E a mulher persevera em tudo isso, diante do que Jesus admira-se: “Mulher, você tem muita fé! Que seja feito o que você quer!” Será que nossos propósitos são tão fortes e de Vida plena, a ponto de Jesus poder nos dizer isso também? E qual a nossa perseverança neles, na oração, na fé e na súplica?
Peçamos ao Espírito que nos ajude a discernir nossos desejos que são para mais vida – nossa e dos demais. E aumente a nossa fé, para permanecer neles contra ventos e marés.
Tania Pulier, esteticista da alma, membro da CVX Cardoner e da Família Missionária Verbum Dei