Viva a contradição (Lc 2,22-40)
2 de fevereiro de 2016A missão dos doze discípulos (MC 6, 7 – 13)
4 de fevereiro de 2016Mc 6,1-6
Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: ‘De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?’ E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus lhes dizia: ‘Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares’. E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.
Jesus volta à sua terra natal, acompanhado de seus discípulos. No princípio, seus conterrâneos ficaram admirados! Mas o próximo passo foi desacreditá-lo, desqualificá-lo. Como é possível que tenha tanta sabedoria? Percorriam a história de Jesus, analisavam seus parentes, sua profissão, sua origem, e se escandalizaram!
Descobrir que Jesus era alguém como eles se tornou um obstáculo! Saber que Jesus tinha a mesma origem deles, reconhecer que Ele saiu mesmo de Nazaré fez com que os conterrâneos de Jesus se fechassem. Por quê? Porque reconhecer a humanidade de Jesus é muito comprometedor! É reconhecer que eu posso percorrer os mesmos caminhos que Jesus, os caminhos do Amor, da misericórdia, do serviço ao próximo, da alegria. Reconhecer a humanidade de Jesus me tira da zona de conforto… dá trabalho… compromete a vida.
Os compatriotas de Jesus não o estimavam, o que o impedia de realizar milagres… Por quê? Porque os milagres de Jesus pretendiam ser sinais da salvação messiânica. Com seus milagres, Jesus manifesta que o Reino anunciado pelos profetas estava presente nEle. De certa forma, os milagres tinham por objetivo confirmar a fé. Fé que Jesus não viu ali… Aquelas pessoas não esperavam que nada de bom pudesse vir de Jesus. No fundo, porque não acreditavam que nada de bom poderia vir de si mesmas.
Mas a passagem continua, e diz que Jesus apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. Jesus não muda seu comportamento por causa do comportamento dos outros. Não deixa de amar e de servir nunca! Não se condiciona pelo comportamento do outro. O que dependia dele, fazia.
Senhor, te entrego a minha falta de fé. Que eu possa permitir a sua ação em minha vida e no mundo. Amém.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – BH