XXIV Domingo do Tempo Comum – Ano C
11 de setembro de 2016Senhor teve compaixão: Não chore.
13 de setembro de 2016Evangelho – Lc 7,1-10
1Quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte. 3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado. 4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: ‘O oficial merece que lhe faças este favor, 5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga.’ 6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa,o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: ‘Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro.Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um : ‘Vai!’, ele vai;e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado ‘Faze isto!’, e ele o faz’.’ 9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: ‘Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé.’ 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.
Começamos hoje nossa semana de trabalho com vários desafios a vencer e vitórias a conquistar. De tudo que estejamos planejando, nada tem o mesmo valor de quando o fazemos impulsionados pela certeza de podemos contar com nosso Paizinho, presença incondicional em nossa vida. Por isso, rezemos o evangelho de hoje refletindo sobre como está nossa confiança em Deus em nosso dia a dia. Por que, às vezes, quando pedimos algo a Deus, vacilamos na fé?
Ao receber o pedido de cura, Jesus sai prontamente para atender a quem precisava e se admira ao perceber que um oficial romano, que não tinha nenhuma ligação natural de fé com Ele, coloca-se como um crente humilde a ponto de se ver indigno de receber o Mestre em sua casa. Admira-se a tal ponto de fazer a cura a distância. Nessa cena, chamam-me a atenção duas ações: a prontidão em atender e a fé daquele romano.
Jesus, não sei por que ainda fico tão admirada em ver Sua prontidão em sair ao encontro daquele que precisa de Você. Talvez seja porque eu ainda tenha muito a crescer em minha fé. O oficial romano do evangelho de hoje acreditou e se colocou tão entregue ao Seu poder, tão confiante de que Você curaria o empregado doente, embora não se sentisse digno de recebê-Lo em sua casa!
Vejo-me frequentemente questionando o Pai sobre o porquê de determinados eventos não acontecerem em minha vida, mesmo eu já tendo rogado tantas vezes que o fizesse. Para umas coisas sou tão serena em Seus braços, mas para outras sou uma filha tão rebelde a cobrar o que acho que é “meu” por direito, como se o simples fato de seguir determinadas etapas na vida já me abrisse automaticamente as portas para o que desejo! Como contraditória é a condição humana! Às vezes, não me sinto merecedora do que ganho, mas, às vezes, revolto-me por não ganhar algumas coisas que quero.
Começo essa semana, então, Jesus, pedindo o dom da humildade. Tenho conhecimento de minha situação humana, de minhas fragilidades, mas, nas minhas contradições, Mestre, quero ser mais humilde e ter mais consciência de que eu sei muito pouco sobre o que é o melhor para mim e de que aquilo que eu tanto espero, de repente, pode não ser o que me trará paz.
Outra coisa, Jesus, quero e preciso permanecer em Você, quero seguir o que Você me diz que é o melhor para a vida sem hesitação. Se tenho firmeza de que Você sabe melhor que eu o que deve ou não acontecer em minha vida, quero ser mais cautelosa em fazer o que me dizes que é o melhor, sem colocar a minha vontade momentânea como primeira.
Ajude-me, Jesus, a entregar mais minha vida nas mãos do Pai e a me desapegar de tudo o que minha vontade e não me faz bem. Sincronize, Mestre, o meu coração com o Seu para que o Seu tempo também seja o tempo do meu coração, para que eu não me angustie mais diante do que considero “Sua demora”. Preciso harmonizar o coração, vendo-me filha merecedora do que o Pai me dá e, ao mesmo tempo humilde para receber o que recebo diferente do que peço.
Amém!
Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte