Partilhando e acolhendo as chamas acesas (Mc 4, 21-25)
28 de janeiro de 2016No mesmo barco
30 de janeiro de 2016Leitura: Marcos 4,26-34
Jesus disse:
— O Reino de Deus é como um homem que joga a semente na terra. Quer ele esteja acordado, quer esteja dormindo, ela brota e cresce, sem ele saber como isso acontece. É a própria terra que dá o seu fruto: primeiro aparece a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a espiga. Quando as espigas ficam maduras, o homem começa a cortá-las com a foice, pois chegou o tempo da colheita.
Jesus continuou:
— Com o que podemos comparar o Reino de Deus? Que parábola podemos usar para isso? Ele é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce muito até ficar a maior de todas as plantas. E os seus ramos são tão grandes, que os passarinhos fazem ninhos entre as suas folhas.
Assim, usando muitas parábolas como estas, Jesus falava ao povo de um modo que eles podiam entender. E só falava com eles usando parábolas, mas explicava tudo em particular aos discípulos.
Oração: Pequenina semente, gota indispensável ao mar
Se nos levantamos hoje dispostos a imitar Jesus Cristo, nossa ambição não deve ser menor do que transformar a nossa realidade, promovendo a paz, a caridade e a justiça aonde estivermos, anunciando o nome Dele por meio da prática efetiva de Seus ensinamentos e instruções. Para que isso aconteça, contudo, não é necessária uma ação demasiadamente complexa, cheia de firulas e de alcance estratosférico. A vivência do Reino acontece plenamente na simplicidade dos nossos gestos e palavras, ou ainda num mero ato acolhedor daqueles que mais necessitam de carinho e cuidado, desde que carregado de compreensão e empatia.
O Reino de Deus, aquele sobre o qual Jesus disse que deveríamos pedir para que nos viesse, é a menor semente capaz de se transformar na maior e mais frutífera árvore. O nosso comportamento mais simples é capaz de ter repercussões importantíssimas para o nosso próximo. Não devemos ter preguiça e desânimo de fazer coisas simples, desde que as façamos empregando toda a nossa vontade de melhorar as condições da nossa sociedade. Façamos coisas simples, mas as façamos bem e as deixemos repletas da presença de Deus; e depois de completá-las, façamos outras coisas simples.
Assim deve ser a nossa participação no Reino. Ainda que não percebamos o surgimento da planta, das espigas e dos grãos que enchem as espigas, a nossa fé deve ser suficiente para acreditarmos na pequenina semente lançada. Madre Teresa de Calcutá, em breve canonizada pela Igreja, certa vez disse que “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”.
Marcelo H. Camargos – família missionária Verbum Dei de Belo Horizonte/MG