Senhor, ensina-nos a rezar – Lc 11, 1-4
9 de outubro de 2013Quem não recolhe comigo, espalha – Lc 11,15-26
11 de outubro de 2013Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, e se o outro responder lá de dentro: ‘Não me incomoda! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’; eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário. Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá. Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!’
Nesta passagem, Jesus traz a relação com Deus ao mais humano possível. Na primeira parábola Jesus descreve uma situação de emergência, em que o amigo vai pedir movido pela obrigação de hospitalidade, muito importante nos costumes da época. A segunda fala da relação pai e filho. Nas duas imagens, Jesus nos revela a proximidade e a pessoalidade que devem caracterizar a oração.
Lendo e relendo a passagem, o trecho que mais me chama a atenção é: quem pede recebe, quem procura encontra; e para quem bate, se abrirá. A intenção de Jesus é revelar-nos o Pai e o Espírito Santo. Experimento que Jesus quer me revelar um Pai que escuta os meus pedidos, quando peço; que vem ao meu encontro, quando o procuro; que me abre portas, se eu bato. Para os três “atendimentos” de Deus existe uma condicionante. Eu preciso tomar a iniciativa. Eis o poder da oração: em diálogo com o Pai saio da inércia.
Quando peço, sou consciente das minhas necessidades, saio da resignação fatalista (que atribui tudo à vontade divina, mesmo os maiores absurdos!) e vou à luta! A falsa aceitação das situações esconde muitas vezes um comodismo, um não querer sair do lugar. Quando sou consciente das minhas necessidades começo a procura e posso permitir que portas se abram.
O que Deus me dá? Atende meus pedidos magicamente, tais quais eu necessito, ou penso que necessito? Não. Deus dá o que Ele tem de melhor, o seu dom máximo, o Espírito Santo!
Que a oração de hoje seja uma busca insistente pelo rosto do Pai, pela companhia de Jesus e pelos dons do Espírito.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei