Que valores me movem? (Marcos 6,14-29)
6 de fevereiro de 2015V Domingo do Tempo Comum – Ano B
8 de fevereiro de 2015“Os apóstolos voltaram e contaram a Jesus tudo o que tinham feito e ensinado. Havia ali tanta gente, chegando e saindo, que Jesus e os apóstolos não tinham tempo nem para comer. Então ele lhes disse:
– Venham! Vamos sozinhos para um lugar deserto a fim de descansarmos um pouco.
Então foram sozinhos de barco para um lugar deserto. Porém muitas pessoas os viram sair e os reconheceram. De todos os povoados, muitos correram pela margem e chegaram lá antes deles.
Quando Jesus desceu do barco, viu a multidão e teve pena daquela gente porque pareciam ovelhas sem pastor. E começou a ensinar muitas coisas.”
Hoje é sábado, o último dia da semana. Um dia muito propício para voltar a Jesus e contar tudo a Ele também. Tudo o que vivemos nesta semana, as pessoas com as quais nos encontramos, as oportunidades que tivemos para vivenciar a missão no nosso dia a dia, assim como as dificuldades, os problemas, as tensões…
A oração é este lugar à parte ao qual o Senhor nos chama para estar com Ele, para descansar nele. Aproveitar ao máximo este tempo e espaço.
Tempo e espaço que nem sempre temos. Às vezes a multidão é tão grande que toma conta dele também. Precisamos defender estes momentos, pois são eles que nos abastecem. É na intimidade com Jesus que podemos experimentar o amor com o qual somos chamados a amar, e que não vem de nós mesmos.
No entanto, até nisso é preciso ter abertura de coração e discernimento. Há momentos em que a multidão que nos vem ao encontro “tirando-nos” do nosso “retiro” não é a da distração, dispersão ou tentação. Há momentos em que ela em si é o chamado de Deus para nós. É uma necessidade do irmão que nos vem ao encontro e nela a nossa capacidade de amar é provada.
Contemplar a Jesus. Ele que deixa os seus planos serem mudados por pura compaixão por aquela gente que vem ao seu encontro e está como ovelhas sem pastor! Com quantas ovelhas sem pastor topamos ao longo da nossa semana! Não somos O Pastor, mas somos chamados a ser pastores e pastoras nO único Pastor, Cristo. Nossa missão é estarmos tão conectados a Ele que deixemos as pessoas que se aproximam de nós com Ele, Aquele que cura, Aquele que liberta. Podendo anunciar-lhe ou não, apenas testemunhar seu amor com o nosso.
A oração nos conecta a Ele? Certamente! Oramos para deixar-nos configurar com Cristo, na experiência do Seu Amor. Mas as oportunidades de amar que vem ao nosso encontro oportuna ou inoportunamente também nos conectam. Também ou ainda mais.
Peçamos ao Espírito o dom do discernimento e a generosidade de coração para deixar-nos transformar cada vez mais em pessoas verdadeiramente compassivas, tomadas pelo sentimento de Jesus ao olhar a multidão.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner.