O Senhor de Davi (Mc 12,35-37)
9 de junho de 2017Solenidade da Santíssima Trindade
11 de junho de 2017Leitura: Marcos 12, 38-44
Ao ensinar, Jesus dizia: Cuidado com os mestres da lei. Eles fazem questão de andar com roupas especiais, de receber saudações nas praças e de ocupar os lugares mais importantes nas sinagogas e os lugares de honra nos banquetes. Eles devoram as casas das viúvas, e, para disfarçar, fazem longas orações. Esses receberão condenação mais severa! Jesus sentou-se em frente do lugar onde eram colocadas as contribuições, e observava a multidão colocando o dinheiro nas caixas de ofertas. Muitos ricos lançavam ali grandes quantias. Então, uma viúva pobre chegou-se e colocou duas pequeninas moedas de cobre, de muito pouco valor Chamando a si os seus discípulos, Jesus declarou: Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver.
Oração:
Bom dia querida trindade! Que alegria é poder estar mais esse momento junto de vós para ter esse feliz encontro através da oração, diálogo intimo e pessoal, que só posso e quero ter convosco. Obrigado por dar-me essa oportunidade todos os dias!
A palavra de hoje nos apresenta duas situações narradas por Marcos, onde Jesus nos quer ensinar uma grande lição. Ele o faz através de exemplos bem claros, para que não tenhamos dúvidas de como devemos viver como seus discípulos.
No primeiro momento Jesus nos mostra uma conduta de privilégios, abusos e aparências, regada a exploração, seja ela do cargo, da imagem ou de pessoas. Infelizmente isso acontece até hoje na nossa sociedade, na nossa igreja e até na nossa casa. Como discípulos, em caminho, não deveram e não queremos apontar casos e pessoas que vivem como os mestres da lei, citados por Marcos. Ao contrário disso podemos olhar para nossa própria vida e refletir se eu me encontro como eles, e em quais momentos isso acontece com maior frequência. Tentemos buscar quais os motivos de agirmos assim, e por último o que quero conseguir com isso? Peçamos ao Espírito que nos ilumine nessa busca, e nos mostre o caminho que nos leva a ser mais humildes, servidores e misericordiosos.
No segundo momento, Jesus nos apresenta uma atitude de amor, de total entrega, gratuita e confiante, através da oferta da viúva. Sabemos que no tempo de Jesus as viúvas de modo geral eram pessoas muito as margens da sociedade. Quase sempre abandonadas sobreviviam dia a dia padecendo em misérias como muitos outros da época. Ressaltando isso, podemos perceber que a atitude que ela teve na narração é a atitude que Jesus deseja de cada um de nós, seus discípulos desde as primeiras gerações, até o fim dos tempos.
A viúva que não provavelmente não tinha nada mais que aquelas duas moedinhas para se alimentar, as oferta… Com isso ela nos ensina que o Pai não quer de nós o que não temos. Ele quer que ofertemos o pouquinho que temos, porque somado ao pouquinho dos irmãos se tornarão o que precisamos para saciar a todos e certamente ainda sobrará, como ocorreu na multiplicação dos pães…
Que possamos como a viúva ofertar com amor, confiança e sem se preocupar com o que virá tudo o que temos ao Pai (aos nossos irmãos em quem Ele habita). Se nos entregamos a Ele por inteiro, certamente Ele nos cuidará também por inteiro.
Gostaria de finalizar com uma frase que ouço sempre em uma canção que gosto muito e que acredito expressa muito o gesto da viúva e pode nos inspirar. Ela diz assim: “Dar somente aquilo que te sobra, não é partilhar, é sim dar esmola.” (Corazón partío – Alejandro Sanz)
O que é o pouco que eu tenho e que sinto que o Pai me chama a partilhar? Como posso fazê-lo?
Maria mãezinha querida ensina-nos a ser como você, que como a viúva, também partilhou o pouco que tinha, o seu seio, e através da sua entrega generosa Deus fez desse pouco nascer para nós o infinito.
Amém!
Willian M. da Fonseca – Família Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte.