Família e lar da Trindade
24 de julho de 2018Mateus 13, 16-17
26 de julho de 2018Evangelho: Mt 20,20-28
“Então a mãe dos filhos de Zebedeu chegou com os seus filhos perto de Jesus, curvou-se e pediu a ele um favor.
— O que é que você quer? — perguntou Jesus.
Ela respondeu:
— Prometa que, quando o senhor se tornar Rei, estes meus dois filhos sentarão à sua direita e à sua esquerda.
Jesus disse aos dois filhos dela:
— Vocês não sabem o que estão pedindo. Por acaso vocês podem beber o cálice que eu vou beber?
— Podemos! — responderam eles.
Então Jesus disse:
— De fato, vocês beberão o cálice que eu vou beber, mas eu não tenho o direito de escolher quem vai sentar à minha direita e à minha esquerda. Pois foi o meu Pai quem preparou esses lugares e ele os dará a quem quiser.
Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Então Jesus chamou todos para perto de si e disse:
— Como vocês sabem, os governadores dos povos pagãos têm autoridade sobre eles, e os poderosos mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de vocês. Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente”.
Reflexão:
Na oração de hoje, peçamos a graça de deixar-nos guiar pelo Espírito dos nossos desejos ao mais profundo deles.
A mãe dos filhos de Zebedeu aproxima-se de Jesus e expressa um pedido.
Que súplica carrego neste dia, explícita ou implicitamente?
Na resposta de Jesus, o realismo: “De fato, vocês beberão o cálice que eu vou beber”. O cálice a vida nos traz, oferece-nos diariamente, na dor e na alegria. Não há como escapar dele, apenas como rever o nosso jeito de bebê-lo. Em que medida acolhemos e sorvemos cada gota do que nos cabe viver?
Com relação ao desejo dos primeiros lugares, de ser importante – na sociedade, no trabalho, na família, na comunidade, na vida de alguém –, Jesus não o condena. Ele conhece nosso humano, tão humano coração. No entanto, Ele inverte o caminho. A realização plena do que queremos não está onde pensamos, mas em seguir seus passos, servindo e dando a vida.
Loucura total? Sim! Inexplicável. Só quem experimenta sabe. Se puxarmos a memória os momentos em que vivemos essa entrega, perceberemos a alegria diferente que veio daí, duradoura, sem ameaças; tocamos o céu.
Peçamos a Ele, então, que nos dê a maleabilidade de deixar trocar nossos caminhos, confiando que nEle caminhamos para a realização. Passar da posse à pertença, do “meu” ao outro, dos ciúmes e controle à gratuidade do verdadeiro amor.
Tania Pulier, esteticista da alma, membro da CVX Cardoner e da Família Missionária Verbum Dei