Pessoas de palavra (Lucas 4, 31-37)
1 de setembro de 2015Jogar as redes no profundo (Lucas 5, 1-11)
3 de setembro de 2015“Jesus saiu da sinagoga e foi até a casa de Simão. A sogra de Simão estava doente, com febre alta; e contaram isso a Jesus. Aí ele foi, parou ao lado da cama dela e deu uma ordem à febre. A febre saiu da mulher, e, no mesmo instante, ela se levantou e começou a cuidar deles.
Depois de anoitecer, todos os que tinham amigos enfermos, com várias doenças, os levaram a Jesus. Ele pôs as suas mãos sobre cada um deles e os curou. Os demônios saíram de muitas pessoas, gritando:
– Você é o Filho de Deus!
Eles sabiam que Jesus era o Messias, e por isso ele os repreendia e não deixava que falassem.
Quando amanheceu, Jesus saiu da cidade e foi para um lugar deserto. Mas a multidão começou a procurá-lo, e, quando o encontraram, eles não queriam deixá-lo ir embora. Mas Jesus disse:
– Eu preciso anunciar também em outras cidades a boa notícia do Reino de Deus, pois foi para fazer isso que Deus me enviou.
E ele anunciava a mensagem nas sinagogas de todo o país.”
A graça a pedir na oração de hoje é ser capaz de ver a raiz e atuar nela.
Contemplar Jesus em sua compaixão, curando as pessoas, em sua oração, buscando discernir a vontade do Pai, e em intencionalidade, partindo para viver o fundamental de sua missão.
A primeira cena é na casa de Simão. “A sogra de Simão estava doente, com febre alta.” Febre não é uma doença, é um sintoma. Febre alta pode demonstrar algo grave. Jesus com sua atenção, carinho e amor faz desaparecer a doença, aquilo que deixava a mulher prostrada. E, “no mesmo instante, ela se levantou e começou a cuidar deles.” A partir da ação de Jesus em sua vida, ela passa a servir e a cuidar.
Quantas vezes a dispersão, o excesso de exposição, a euforia, o chamar a atenção são sintomas de dores e doenças mais profundas! Que sintomas vemos nas pessoas ao nosso redor? E em nós mesmos? O que vemos na raiz desses sintomas? Como pedimos, na oração, esta experiência de amor que vá à raiz dos nossos sintomas? E como, com nossos gestos e atenção, somos canais do Senhor para o restabelecimento de outras pessoas?
Na segunda cena, Jesus cura várias pessoas, impondo as mãos sobre eles. Contemplar também esta cena. A imposição das mãos é um sinal de bênção e de transmissão de poder. Também de carinho e cuidado. E que bonito ver as pessoas levando seus amigos a Jesus. Que amigos somos chamados a levar a Jesus para que Ele cure profundamente, para que dê vida plena?
“Os demônios saíram de muitas pessoas, gritando: – Você é o Filho de Deus!” Trata-se das divisões interiores que essas pessoas traziam. Jesus toca no mais profundo dapessoa e, ao expulsar essa divisão, ao integrar, daí mesmo brota o grito de fé: “Você é o Filho de Deus!” Quais são nossas divisões interiores? Como a fé nos integra?
A terceira cena é a oração de Jesus. Deter-nos por um tempo aí. Como foi esta conversa de Jesus com o Pai, da qual ele sai tendo discernido o seu caminho? Suplicar-lhe: “Senhor, ensina-me a orar! Ensina-me a compreender o chamado, onde é o meu lugar de melhor contribuição!”
Por fim, vem a definição de Jesus diante das pessoas. Tendo discernido sua eleição, nada nem ninguém o detém. “Eu preciso anunciar também em outras cidades a boa notícia do Reino de Deus, pois foi para fazer isso que Deus me enviou.” Jesus não se detém cuidando dos sintomas da sociedade, mas vai à raiz, que é a falta de amor. Vai anunciar e promover com sua entrega o Reinado de Deus. E nós, ficaremos apenas nas consequências ou iremos às causas em nossa missão?
Vamos pedir ao Senhor a luz e o amor para viver o que Ele nos propõe.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner