E a Palavra se fez carne e habitou entre nós
31 de dezembro de 2020Eu sou a voz de quem grita no deserto
2 de janeiro de 202101.01.2021 – Evangelho – Lc 2,16-21
Leitura: O que o Texto diz?
A cena é a mesma: o nascimento de Jesus. Mas hoje se destacam a figura dos pastores que neste texto representam os pobres, os que cultivam sensibilidade e vigilância. Para os que vivem na cidade, talvez essa cena do Evangelho de Lucas pode parecer estranha. Os pastores guardavam o seu rebanho na periferia da cidade de Belém na noite em que Jesus nasceu. Eram homens pobres e humildes. Foram os primeiros a se deslocar para levar um pouco de calor à fria estrebaria naquela noite de Belém. Enquanto os pastores trabalhavam, um anjo aparece e comunica a boa notícia: nasceu o Salvador, o Messias. Os pastores encontram uma surpresa inesperada: um recém-nascido deitado na manjedoura. Esse menino recebe o nome de Jesus.
Meditação: O que o texto diz para mim?
Aos pastores é dado também um sinal, uma indicação para que possam ver e compreender: nada de extraordinário, mas, de novo, uma realidade profundamente humana. Eles encontram uma criança. Nada os tinha preparado para aquela trouxinha de roupa agitada e aquela mãe, que, inclinada para o seu Filho na manjedoura, parecia estar surpresa pela sua vida frágil e indefesa diante dela. Estava ali o Salvador do mundo. Contemplam-no: os seus olhos são os olhos de Deus, a sua fome é a fome de Deus, aquelas mãozinhas que se estendem para a mãe são as mãos de Deus estendidas para eles. Os pastores ficam maravilhados e voltam louvando a Deus. A criança recebe oficialmente o nome de Jesus, que já indica quem é Ele: Deus salva.
Oração: O que o texto me leva a falar a Deus?
Peça ao Senhor a graça de ser como os pastores, atentos a Sua Palavra. Peça para que saibamos enxergar a Sua presença misteriosa em nossa vida e nos esforcemos para ser portadores do dom da Tua paz, neste mundo tão cheio de ódio, divisões, impaciências e guerras.
Contemplação: O que o texto me leva a experimentar?
Os pastores de hoje são todos os que cultivam a escuta atenta da Palavra de Deus, a vigilância, a espera, o coração aberto e disponível. Os pastores de hoje são os que estão à margem, nas periferias geográficas e existenciais e, mesmo assim, no dia a dia sofrido, duro e injusto, são capazes de enxergar a ternura de Deus, na flor preferida que floriu, na conversa com um amigo, na labuta diária, num céu cheio de estrelas, numa noite de lua cheia, no sorriso de uma criança… Enfim, os pastores de hoje são todos os que são capazes de louvar a Deus, mesmo em meio as situações mais difíceis, e proclamar a sua vontade: a paz!
Ação: O que o texto me pede para viver no dia-a-dia?
Após este encontro com a Palavra, motivado pela atitude dos pastores que você viva com disposição para ser, como eles, testemunha do Natal na vida cotidiana.
Lucimara Trevizan – Comissão para animação bíblico-Catequética do Regional Leste 2