“Iam ter com Jesus”
17 de setembro de 2022Testemunhar Jesus
19 de setembro de 202218 de setembro, domingo, 25º Domingo do Tempo Comum
Evangelho de Lucas 16, 1-13
Optar por Jesus
Leitura: O que o texto diz?
Estamos diante de um texto que pode ser dividido em duas partes: a parábola do administrador desonesto (v. 1-8) e os conselhos sapienciais (v. 9-13). Lucas nos apresenta uma parábola narrada por Jesus seus discípulos na qual um administrador é acusado por seu rico patrão de o estar roubando. O administrador, por sua vez, se vê em uma situação difícil. Não nega o roubo, mas também não pede perdão. Por outro lado, pensando em seu futuro, tem a esperteza de se colocar o lado dos devedores do patrão, indicando que eles anulem o valor antigo da dívida e escrevam um valor menor. Jesus elogia a esperteza desse administrador que escolhe o lado dos devedores. Por fim, Ele dirige aos discípulos uma pequena série de conselhos acerca do uso dos bens.
Meditação: O que o texto diz para mim?
Estamos diante de uma série de ensinamentos de Jesus sobre a relação com os bens materiais (cf. Lucas 16, 1- 31). Na realidade em que vivemos, ainda temos dificuldades no que diz respeito aos bens materiais. A lógica do acúmulo, do lucro desmedido, da oposição entre ricos e pobres ainda fala muito alto. Mas entre aqueles que seguem a Jesus, é preciso que o Evangelho da vida e da partilha fale mais alto ainda, fazendo com que nossa administração dos bens não seja em vista de mais bens materiais, mas sim em vista de bens que permanecem, como a amizade.
Oração: O que o texto me leva a falar a Deus?
“Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (v. 8b). Há quem afirme que o órgão mais sensível do ser humano é o seu bolso, fazendo referência ao fato de que ninguém quer “perder” dinheiro, por isso agem com prudência, com esperteza. Peçamos ao senhor que nós tenhamos a mesma determinação na vida de fé que os filhos das trevas tem em sua vida à procura dos bens materiais. Senhor, que sejamos firmes e fieis na administração dos bens que não passam.
Contemplação: O que o texto me leva a experimentar?
O texto da palavra de Deus nos coloca diante de uma escolha: o lado do rico patrão que acumula bens às custas de altos juros ou o lado dos devedores que se emaranham em dívidas injustas. É a escolha entre Deus e o dinheiro; entre o Evangelho e a cartilha do mercado financeiro. É preciso reflexão profunda para fazer a escolha de modo definitivo.
Ação: O que o texto me pede para viver no dia-a-dia?
Quando o administrador vê sua desonestidade descoberta, cai em si de que está envolvido em uma injustiça muito maior, que explora com preços abusivos. Além de romper com o patrão, ele rompe com todo o esquema no qual ele também lucrava em cima de pobres endividados para comprar alimento. Em nosso cotidiano, precisamos realizar rupturas com esses esquemas que nos escravizam aos bens materiais e a tudo o que é fruto da cultura de mercado que coloca mais valor nas coisas do que nas pessoas, no deus-dinheiro do que no Deus verdadeiro.
* Pedro Henrique Mendonça Fernandes – Catequista na Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda, em Três Pontas – Diocese da Campanha/MG – Especialista em catequese.