É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal?
17 de janeiro de 2024Chamou os que ele quis, para que ficassem com ele.
19 de janeiro de 202418 de janeiro, 5ª Feira da 2ª Semana do Tempo Comum.
Leia o evangelho de Mc 3,7-12
Os espíritos maus gritavam: “Tu és o Filho de Deus!”
Leitura. O que diz o texto?
Multidões de vários lugares seguem a Jesus, motivadas pelas curas que ele realizava. É nítido o contraste entre o entusiasmo da multidão e a indignação das autoridades religiosas, que enxergam Jesus como uma ameaça ao seu poder. Por ocasião dessas curas, Jesus não aceita o testemunho duvidoso dos espíritos maus, que também não suportam sua presença e caem aos seus pés.
Meditação. O que Deus nos diz através desse texto?
A multidão ouvia o que ele fazia e acorria a ele. Se atirava sobre ele. Queriam tocá-lo, correndo o risco inclusive de esmagá-lo. Precisou subir num barco e se distanciar. Poderíamos pensar na motivação mais profunda da massa humana e perguntá-la: por que procuram Jesus? Estão à procura de um curandeiro? Será que a visão de Messias que tinham era a de alguém útil para “resolver os meus problemas?” Alguém na multidão quer fazer uma experiência mais profunda com ele, incluindo o compromisso do seguimento? Ou a religião que se vive é uma religião de massa, mergulhada na euforia da expectativa de “curas e libertações”?
Oração. O que o texto me faz dizer a Deus?
Senhor, que a motivação primeira da minha oração seja o desejo de matar minha sede de Deus (Sl 41), que vai além dos outros benefícios que peço em minhas súplicas.
Contemplação. O que o texto faz em mim?
Feche seus olhos e perceba-se naquela praia, com a multidão e Jesus. Diante desse tumulto, dessa massa humana que empurra e disputa lugares para tocá-lo, sinta primeiramente a vontade interior de estar com ele e… segui-lo. Antes de pedir coisas, estou ali para permanecer com ele.
O que o texto me sugere a viver?
Todos nós temos necessidades, e muitas vezes urgentes. Mas a oração não se resume assim. Abra espaço para momentos orantes de silêncio, onde possa experimentar o contrário da multidão, que se apertava para tocá-lo; deixe espaço para que ele possa lhe tocar e falar ao seu coração.
Diác. Glêvison Felipe Lourenço de Sousa*
*Diácono permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte, MG. Pós-graduado em Sagrada Escritura pelo Claretiano – Centro Universitário. Membro da Coordenação Colegiada Arquidiocesana da Pastoral Carcerária. Colaborador e residente na Paróquia São José – Vespasiano MG, Brasil.