Segunda-feira, 09 de novembro de 2020.

Festa da Dedicação da Basílica de Latrão (Catedral de Roma)

Jo 2,13-22 – “O zelo pela sua casa me consome”.

1) Leitura: O que o texto diz?

Hoje celebramos a dedicação da Basílica de Latrão, a Catedral de Roma, o templo-mãe das demais Igrejas espalhadas pelo mundo, unidas em torno do sucessor de Pedro. No Evangelho proposto, Jesus apresenta-se como o Novo Templo, o “lugar” onde Deus reside no mundo e onde os homens podem fazer experiência do encontro com Ele. É através de Jesus que o Pai oferece aos homens o seu amor e a sua vida. Aquilo que a antiga Lei já não conseguia fazer – estabelecer relação entre Deus e os homens – Jesus o faz a partir de então.

2) Meditação: O que o texto me diz?

Naquela época,Jesus agiu energicamente contra aqueles que corromperam o Templo – lugar do encontro com Deus por meio da oração – e o transformaram num lugar de exploração.  Esse comércio constituía importante fonte de renda para a cidade e sustentava a nobreza sacerdotal, o clero e os empregados do Templo. Ao celebrarmos essa importante festa da Igreja Universal, devo refletir sobre a vocação batismal: como batizado sou pedra viva que forma a Igreja de Jesus? O batismo capacita para produzir os frutos do Espírito Santo em nossa vida. 

3) Oração: O que o texto me faz dizer?

Os fiéis são como pedras vivas construídas em edifício espiritual sobre a pedra angular, que é Cristo. “Senhor Jesus, faze-me compreender que só o amor é agradável ao Pai e quanto ele rejeita a exploração, de modo especial, em sua casa”.

4) Contemplação: O que o texto faz em mim?

É preciso renovar estruturas e fazer com que o evangelho seja testemunhado e chegue a outros lugares. É necessário ser uma Igreja em saída e “ir aos que se encontram nas periferias geográficas e existenciais, rompendo com uma atitude de autopreservação”. Como anda minha relação com a Igreja? Respeito o espaço sagrado? Minhas práticas religiosas têm sido dignas?

5) Ação: O que eu posso fazer a partir do texto?

Avaliar minha atuação na Igreja, observando em que áreas de minha vida necessito de uma “conversão pastoral”, voltando o meu ser e agir para Jesus. O relacionamento com a Igreja passa também pelo relacionamento com os irmãos. É preciso renovar conceitos, relacionamentos interpessoais, templos e visão eclesiológica.

Pe. Lúcio Flávio Galvão Camargos é presbítero e Coordenador Diocesano de Pastoral da Diocese de Divinópolis/MG; membro da Comissão Bíblico-Catequética do Regional Leste II da CNBB. É especialista em “Pedagogia Catequética” e “Felicidade e Resiliência” e pós-graduando em Cristologia.