Pelo dedo de Deus (Lucas 11,14-23)
27 de março de 2014Pedintes do dom da humildade (Lucas 18,9-14)
29 de março de 2014“Vendo que Jesus tinha respondido bem, um doutor da lei aproximou-se dele e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?”
Jesus respondeu: “O primeiro mandamento é este: Ouça, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor! E ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todo o seu entendimento e com toda a sua força.
O segundo mandamento é este: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.”
O doutor da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Como disseste, ele é, na verdade, o único Deus, e não existe outro além dele. E amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo, é melhor do que todos os holocaustos e do que todos os sacrifícios.”
Jesus viu que o doutor da Lei tinha respondido com inteligência, e disse: “Você não está longe do Reino de Deus.” E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.”
O convite da oração de hoje é saborear estas palavras. Perguntar também a Jesus qual é o maior de todos os mandamentos. Deixar que Ele nos fale. Ler uma, outra, outra vez, com calma, deixando que sua Palavra ressoe em nosso coração. Deixar que passe diante de nós nossa experiência de Deus. Diante dele, colocar-nos por inteiro: todo o coração… O que há no nosso coração neste momento? Colocar-nos diante de Deus sem reservar, sem esconder ou ocultar; colocar tudo o que há. Toda a mente… Nossos projetos, nossos planos, aprendizados, estudos, experiências de vida, trabalho…. Toda a força. Para o povo hebraico, a força de uma pessoa estava nos seus bens. O que é para mim hoje: amar a Deus com tudo o que sou e tenho? Perguntar a Ele mesmo, num diálogo amoroso, pedindo-lhe amar mais e melhor; cada vez mais, até amá-lo por inteiro, até amá-lo sobre todas as coisas. Entregar-lhe nossas resistências, nossos impedimentos, nossas amarras, nossos apegos, afetos desordenados…
Ame ao seu próximo como a si mesmo. Deixar também nesta oração passarem diante de nós os nossos próximos. Conhecidos, desconhecidos… como os temos amado? O que é amá-los bem? Perguntar também ao Senhor. Pedir-lhe que nos ensine a amar, a amar bem, e que nos dê essa graça. Entregar pra Ele também as dificuldades que experimentamos para amar.
Deixar suas Palavras ressoarem mais e mais. Repeti-las uma e outra vez, saboreá-las. É de Deus mesmo, Fonte do amor, e só Dele, que pode nos vir a capacidade para amar.
Se nos ajudar, podemos terminar com a oração de Santo Inácio:
“Tomai, Senhor, e recebei
toda a minha liberdade,
a minha memória
e o meu entendimento.
Toda a minha vontade
e tudo o que possuo
Vós me destes,
a Vós o restituo.
Tudo é vosso.
Disponde pela vossa vontade.
Dai-me apenas, Senhor,
o vosso amor e graça,
que isso me basta.”
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner