Quarta-feira da 17ª TC

Mt 13,44-46: O tesouro e a pérola

Leitura: o que o texto diz?

Todos temos na vida coisas que damos grande valor, coisas que podemos enumerar nas diferentes partes do nosso dia-a-dia e da nossa caminhada que acreditamos ser verdadeiramente importantes. Também temos no nosso coração o desejo de algo mais elevado, que possa nos levar para o alto. Dessa forma podemos entender essas duas histórias de Jesus: a partir do momento que entramos em contato com a realidade do Reino de Deus, tudo aquilo que antes parecia essencial dá lugar ao mais precioso dom que pode nos levar para a Verdadeira Alegria.

Meditação: o que o texto me diz?

“Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6,21), diz o Senhor. Existe um momento na nossa vida que representa a ruptura, o instante em que encontramos a pérola preciosa da Palavra de Deus na nossa vida. Entretanto, será que a atitude de abandonar tudo é fácil para nós? O que nós somos capazes de deixar, coisas que até então tinham muito valor na nossa vida, para seguir o Mestre?

Oração: o que o texto me faz dizer?

A oração é um diálogo sincero que nos permite desnudar a nossa alma diante do Senhor, que acolhe com carinho tudo o que lhe apresentamos em oferta. E a oferta é exatamente o ensinamento que o Evangelho tanto insiste: se Jesus se oferece todo para nós, quanto mais nós deveríamos ser capazes de tudo doar para sermos capazes de tudo receber. O tesouro e a pérola representam esse dom precioso que o Deus de amor nos confia na nossa vida.

Contemplação: o que o texto faz em mim?

O Amor Divino se apresenta discretamente, de forma que o silêncio da nossa oração é a melhor forma de entrar em contato com essa essência que nos preenche. Deixemos que essa leitura orante possa confrontar nossos sentimentos, nossa situação de hoje em dia, nossas alegrias, desafios e projetos: vamos procurar esse tesouro no nosso coração e contemplar a felicidade que ele pode nos trazer!

Ação: o que o texto me leva a fazer?

Olhemos para a nossa vida: o que eu ainda não fui capaz de abandonar pelo Reino? O que ainda me mantém fechado em mim mesmo, alimentando a minha distância da adesão ao projeto de paz, justiça, amor e fidelidade proposto por Jesus no Evangelho? Além disso, será que eu sou capaz de compartilhar essa alegria com meus irmãos na comunidade de fé? O que posso fazer para me abrir à essa novidade maravilhosa que transforma a vida de todos que a encontram?

João Victor Batista – Membro leigo do Instituto Religioso Nova Jerusalém. Graduando em Economia pela Universidade Federal do Ceará.