“Que aqueles que semeiam chorando façam a colheita com alegria!”
7 de abril de 2019“Não vou morrer; pelo contrário, vou viver e anunciar o que o Senhor Deus tem feito”
21 de abril de 2019PREPARAÇÃO ESPIRITUAL
Espírito Santo, ajuda-me a encontrar-me com Jesus
que me fala em sua Palavra.
Espírito Santo, estimula-me a caminhar para a Ressurreição.
Espírito Santo, ensina-me a enamorar-me do Evangelho
e a vivê-lo cotidianamente junto aos meus irmãos.
Amém.
TEXTO BÍBLICO: Lc 19.28-40
Jesus entra em Jerusalém
Mateus 21.1-11; Marcos 11.1-11; João 12.12-19
28Depois de dizer isso, Jesus foi adiante deles para Jerusalém. 29Quando iam chegando aos povoados de Betfagé e Betânia, que ficam perto do monte das Oliveiras, enviou dois discípulos na frente, 30com a seguinte ordem:
— Vão até o povoado ali adiante. Logo que vocês entrarem lá, encontrarão preso um jumentinho que ainda não foi montado. Desamarrem o animal e o tragam aqui. 31Se alguém perguntar por que vocês estão fazendo isso, digam que o Mestre precisa dele.
32Eles foram e acharam tudo como Jesus tinha dito. 33Quando estavam desamarrando o jumentinho, os donos perguntaram:
— Por que é que vocês estão desamarrando o animal?
34Eles responderam:
— O Mestre precisa dele.
35Então eles levaram o jumentinho para Jesus, puseram as suas capas sobre o animal e ajudaram Jesus a montar. 36Conforme ele ia passando, o povo estendia as suas capas no caminho. 37Quando Jesus chegou perto de Jerusalém, na descida do monte das Oliveiras, uma grande multidão de seguidores ia com ele. E eles, cheios de alegria, começaram a louvar a Deus em voz alta por tudo o que tinham visto. 38Eles diziam:
— Que Deus abençoe o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória a Deus!
39Aí alguns fariseus que estavam no meio da multidão disseram a Jesus:
— Mestre, mande que os seus seguidores calem a boca!
40Jesus respondeu:
— Eu afirmo a vocês que, se eles se calarem, as pedras gritarão!
1. LEITURA
Que diz o texto?
ü Algumas perguntas para ajudá-lo em uma leitura atenta…
1. Para onde Jesus se dirige e para quê?
2. O que Jesus ordena fazer dois de seus discípulos?
3. O que os discípulos encontram e que fazem com o jumentinho?
4. O que fazem e dizem as pessoas diante da passagem de Jesus montado em um jumentinho?
5. Que dizem os fariseus perante os que as pessoas dizem e o que lhes responde Jesus?
ü Algumas pistas para compreender o texto:
Mons. Damian Nannini1
Jesus dirige-se a Jerusalém e detém-se ao pé do Monte das Oliveiras, que está justamente diante da cidade santa, a leste, e perto dos povoados de Betfagé e Betânia.
Jesus prepara sua entrada na cidade de Jerusalém em um momento importante, dada a proximidade da festa da Páscoa. Então manda buscar e trazer um jumentinho amarrado na casa de uma pessoa de um povoado. Chama a atenção que tudo acontece tal qual Jesus havia anunciado, e quando o dono pergunta por que estão levando o jumentinho, basta dizer-lhe que o Senhor precisa dele.
Os discípulos levam o jumentinho até Jesus, forram-no com alguns mantos, e Jesus, montado sobre este animal, entra em Jerusalém. A presença e a necessidade do jumentinho remetem claramente à profecia de Zc 9.9: “Alegre-se muito, povo de Sião! Moradores de Jerusalém, cantem de alegria, pois o seu rei está chegando. Ele vem triunfante e vitorioso; mas é humilde, e está montado num jumento, num jumentinho, filho de jumenta”.
O gesto de colocar os mantos sobre o caminho é uma forma de honrá-lo como rei. Quando chegam à descida para Jerusalém e já têm a cidade santa diante dos olhos, a multidão dos discípulos se enche de emoção e começa a louvar a Deus e a exclamar: “Que Deus abençoe o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória a Deus!”.
A primeira aclamação confessa Jesus como rei; é uma expressão claramente messiânica e nos lembra o Salmo 118.25-26: “Salva-nos, ó Senhor, salva-nos! Dá-nos prosperidade, ó Deus! Que Deus abençoe aquele que vem em nome de Deus, o Senhor! Daqui do Templo do Senhor, nós abençoamos todos vocês”.
A segunda recorda-nos o canto dos anjos no início do evangelho (cf. Lc 2.14) e reforça a missão de trazer a paz própria de Jesus e tão presente em Lucas.
No final, intervêm os escribas, pedindo que os discípulos se calem. Jesus responde-lhes com uma frase proverbial, indicando que se trata de algo que não pode ocultar-se de maneira nenhuma.
O que o Senhor me diz no texto?
No Domingo de Ramos celebramos a entrada de Jesus em Jerusalém, onde sofrerá sua paixão e sua morte na cruz. É, portanto, a porta da Semana Santa, e a liturgia deste dia nos convida a entrar na cidade com Jesus.
Em sua entrada em Jerusalém, Jesus é aclamado como rei, mas faz seu ingresso como um “rei humilde, montando em um jumentinho”. Por conseguinte, não é um rei prepotente, que faz alarde de seu poder, mas um rei manso, humilde, pacífico e pacificador.
E assim vem também aos nossos corações, como nos dizia o Papa Francisco: “…assim deseja entrar nas nossas cidades e nas nossas vidas. Como fez no Evangelho – montando um jumentinho –, ele vem a nós humildemente, mas vem ‘em nome do Senhor’: com a força do seu amor divino, perdoa os nossos pecados e reconcilia-nos com o Pai e com nós mesmos. Jesus fica contente com a manifestação popular de afeto da multidão e quando os fariseus O convidam a fazer calar as crianças e os outros que o aclamam, responde: ‘Se eles se calarem, gritarão as pedras’ (Lc 19, 40). Nada poderia deter o entusiasmo pela entrada de Jesus; que nada nos impeça de encontrar nele a fonte da nossa alegria, a verdadeira alegria, que permanece e dá a paz; pois só Jesus nos salva das amarras do pecado, da morte, do medo e da tristeza” (Homilia do dia 20 de março de 2016).
O Domingo de Ramos é chamado também de “Domingo da Paixão”, porquanto lemos a Paixão do Senhor e, deste modo, colocamo-nos em clima para toda esta semana, antecipando os fatos a fim de descobrirmos seu sentido profundo e inspirar-nos a atitude espiritual correspondente.
Trata-se de apropriar-se, de certa maneira, deste mistério da paixão do Senhor, encontrar seu sentido profundo e, a partir daí, vinculá-lo à nossa vida presente. Portanto, o mistério da cruz deve ajudar-nos a descobrir o sentido de nossas cruzes e dar-nos fortaleza para perseverar. No entanto, acima de tudo, o mistério da cruz deve ensinar-nos o que é amar de verdade ou a verdade sobre o amor.
Continuemos nossa meditação com estas perguntas:
1. Sobrevém-me louvar a Deus pelas obras que faz por meio de Jesus?
2. Já experimentei o poder pacificador de Jesus quando o deixo entrar em meu coração?
3. Aceito que nenhum acontecimento de minha vida foge ao plano de Deus, nem tampouco à cruz, e que devo pedir a luz da fé para poder integrá-la em minha vida cristã?
4. Estou disposto a seguir Jesus em seu caminho para a cruz e a não permanecer como mero espectador?
5. Discirno que o bom Espírito sempre traz paz e conduz à paz?
O que respondo ao Senhor que me fala no texto?
Obrigado, Jesus, por tua entrega apaixonada.
Obrigado por cada tentativa que fazes para entrar em minha vida.
No momento em que eu fizer com que outras pessoas se sintam inferiores
porque lhes demonstro meu poder,
concede-me a oportunidade de voltar a começar a partir de tua simplicidade e humildade.
Que nada nem ninguém detenha o entusiasmo, a alegria de tua chegada.
Dá-me, Senhor, a alegria de sentir o chamado novo a seguir-te, abraçando a cruz.
A Páscoa aproxima-se: faze-me também ressuscitar contigo.
Não quero ser espectador da vida que passa, nem das necessidades de meus irmãos.
Não posso calar e, se o faço,
também hoje as pedras gritarão.
Amém.
4. CONTEMPLAÇÃO
Como ponho em prática, em minha vida, os ensinamentos do texto?
“Jesus, entra uma vez mais em minha vida, em meus sonhos, em meu coração”.
5. AÇÃO
Com que me comprometo para demonstrar mudança?
Durante esta semana, proponho-me acompanhar de perto alguém que esteja passando por um momento difícil. Ali estará Jesus querendo entrar em minha vida.
“A cada dia metido sobre a entrada de Jesus em Jerusalém e sobre sua Paixão; ali ele me confia sua compassiva ternura”.
Santa Gema Galgani