Remendo novo em roupa velha?
16 de janeiro de 2017Não só a mão, Senhor, mas também o coração! (Marcos 3,1-6)
18 de janeiro de 2017Mc 2, 23-28
Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. Então os fariseus disseram a Jesus: ‘Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?’ Jesus lhes disse: ‘Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os póes oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses póes’. E acrescentou: ‘O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado’.
Quem são os que questionam a atividade de Jesus e de seus discípulos? Os fariseus. Aqueles que desejava praticar a lei em todas as suas minúcias, o que, por si só, não é algo ruim. Os conflitos com Jesus começaram quando, fechados em seu universo legalista, os fariseus ficaram cegos a toda luz que viesse de fora.
Nesta passagem, os fariseus protestam ao verem os discípulos colhendo espigas de milho em dia de sábado, cuja santificação, naquela cultura, consistia em não trabalhar. A instituição do repouso semanal é um dos preceitos contido nos dez mandamentos. Para os fariseus, que morressem de fome, se fosse o caso. Desde que a lei fosse cumprida.
Jesus justifica seus discípulos com um exemplo bíblico, um relato sobre o rei Davi (1 Sm 21,1-7).
O sábado foi feito para o homem. Foi a frase que mais me marcou na passagem. É possível perceber que Jesus relativiza o sábado, sem contudo negar sua importância. O sábado foi feito para o homem. O que tenho feito com a instituição do descanso? Tenho relativizado ao extremo, a ponto de não lhe dar importância. A nossa sociedade o relativizou.
Que na oração de hoje Jesus nos leve a relativizar leis e preceitos que nos trazem morte, que nos deixam famintos. Mas que Ele possa também nos ensinar a valorizar as leis e preceitos que geram vida, que nos levam a respeitar mais a vida do outro, que nos permitem ser mais como Ele.
Pollyanna Vieira – Família Verbum Dei – BH – MG