Naquele tempo, disse Jesus à multidão: O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam.  Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo.  E ai, haverá choro e ranger de dentes.  Compreendestes tudo isso?’ Eles responderam: ‘Sim.’  Então Jesus acrescentou:  ‘Assim, pois, todo mestre da Lei,  que se torna discípulo do Reino dos Céus,  é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.’  Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.

Pode ser que hoje estejamos com as redes cheias. Com o coração cheio, a mente cheia, o espírito cheio. A oração, que é espaço de encontro com Deus, pode ser a chance de esvaziar as redes, de fazer um balanço da vida, do dia a dia, das relações. Pode ser que a rede esteja cheia de coisas boas, mas estamos tão atarefados e ocupados que não conseguimos perceber. Deixamos muitas vezes de celebrar vitórias, pequenas ou grandes, simplesmente por falta de tempo. O momento da oração pode ser uma grande oportunidade para nos fazermos conscientes de como está a nossa rede.

Pode ser também que a rede esteja cheia de problemas, preocupações, mágoas, angústias. Pode ser que esteja pesada demais… A oração é momento oportuno para nos deixar ajudar, para nos fazer conscientes da presença e do apoio de Deus e da presença e do apoio dos outros.

O convite para a oração de hoje é deixar brotar todo tipo de sentimento: os bons e os ruins. O amor e o ódio; a alegria e a tristeza; a confiança e a dúvida; a fé e o medo. Deixar que todos os tipos de peixes sejam apanhados na rede. Só assim é possível que Deus separe, que seja Ele quem jogue fora o que não presta. Que seja Ele que nos ensine como guardar o que é bom.

 Pollyanna Vieira, Bacharel em Estatística – Família Missionária Verbum Dei – FamVD