23 de Julho, 16º Domingo do Tempo Comum.

Evangelho  Mt 13,24-43

Leitura: O que o texto diz?

As três pequenas e inspiradas parábolas deste domingo nos falam de espera paciente, de respeito aos ritmos e processos, de confiança no dinamismo da vida… Jesus, em diferentes intervenções, faz referência a todo o processo agrícola, desde o plantio da semente até a colheita dos frutos. Semear, cuidar do crescimento, colher… tem seu ritmo próprio, o ritmo da natureza.

As três parábolas têm uma mensagem comum. Nas três, o Reino de Deus se compara com algo pequeno e, ao mesmo tempo, carregado de vida, que cresce e se manifesta pouco a pouco, a partir de dentro, sem ruídos nem aparências. Não se impõe como uma superestrutura na qual vivemos ou temos, mas que perpassa e transforma tudo, como uma força silenciosa, mas potente, que vem da natureza, não de nós mesmos. Na parábola do trigo e joio a impaciência dos empregados leva-os a querer ter o controle do campo, onde fora semeada boa semente. A paciência, pelo contrário, está na entranha mesma da Vontade de Deus, que quer que cada coisa se desenvolva em liberdade, com seu tempo e seu espaço, sem que ninguém se sinta ameaçado. A paciência é mão estendida para Deus e para o outro, enquanto a impaciência é um punho que ameaça e arrebata.

Meditação: O que o texto me diz?

A realidade do nosso mundo é diversificada, plural. Não raro sonhamos uma vida sem problemas, desafios ou desencontros. Sonhamos com um mundo onde tudo seja trigo. Porém vivemos em meio a contradições, não só externas, longe de nós, mas também em nossa comunidade, em nossa família e até em nosso interior. Nossa missão, a exemplo de Jesus, é semear a boa semente neste campo que é o mundo. Buscar sempre fazer o bem e evitar o mal. Nunca apelar para a violência, maus tratos e uso da força sobre os outros. Devemos recriar em nós as atitudes de Jesus, seu modo de ser e de agir. O Reino de Deus é o Reino da vida, da justiça e da paz. E a colheita, a vida eterna se abre para nós através das escolhas a favor da vida que fazemos hoje.

Oração: O que o texto me faz dizer?

Colocando-se diante de Jesus, que sempre vem ao nosso encontro, deixe-se envolver por Seu amor: Peça-lhe a graça de ser trigo, e trigo bom…

Contemplação: O que o texto faz em mim?

Diante do Deus de amor, lento para a ira e rico de misericórdia apresente-se em sua pequenez e insignificância. Permita-se, em completo abandono nas mãos do Senhor, crescer todo potencial que a graça de Deus pode gerar.

Ação: O que eu posso fazer a partir do texto?

Como proteger e gerar bons frutos? Como, evitar o julgamento pelas aparências? Entregue-se a Deus e deixe que suas virtudes predominem sobre suas fraquezas.

Não espere grandes obras, mas seja instrumento de graça na participação na dinâmica do Reino.

Equipe do Lectionautas.