Discernindo com sabedoria (Lc 5,33-39)
7 de setembro de 2018Leitura: Mateus 1, 1-16.18-23
Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos.
Judá gerou Farés e Zara, cuja mãe era Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram; Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson;
Naasson Gerou Salmon; Salmon gerou Booz, cuja mãe era Raab. Booz gerou Obed, cuja mãe era Rute. Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, daquela que tinha sido a mulher de Urias.
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias. Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia. Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel;
Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor;
Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Mató; Mató gerou Jacó. Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo.
A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.
Palavra da Salvação.
ORAÇÃO
O Evangelho de Mateus nos convida a uma reflexão muito importante, pois fala da origem humana e divina de Jesus Cristo.
“Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.”
A primeira pergunta que nos ocorre: por que Jesus teve uma linhagem humana? Por que Deus Pai consentiu com a experiência humana de Jesus: que nascesse numa família de homens e mulheres que acertaram e erraram na sua trajetória? Qual a importância desta experiência humana para Jesus, que é Deus Filho?
Um primeiro pensamento sobre isso é que Deus, na sua infinitude de amor e bondade, queria que nós nos aproximássemos dEle de uma forma mais humana, mais possível para o nosso entendimento. Permitiu que Seu filho nascesse de uma mulher e vivesse uma realidade humana.
Jesus, imagem fiel de Deus Pai, é o caminho que nos leva ao Pai.
Mas não podemos, de forma alguma, nos esquecer da dimensão divina de Cristo.
“A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo.”
Maria ficou grávida pela ação do Espírito Santo: chega-nos, desta forma, a condição divina de Jesus.
Qual a importância disso, para nós, cristãos? Uma das possíveis respostas, seria para que entendamos que nós também temos uma dimensão divina.
Um desafio que esta passagem nos propõe neste dia de hoje, é conciliar nossa dimensão humana e divina.
Todos nós temos uma dimensão humana que justifica muito do que somos e temos, que se apresenta através da nossa linhagem, da nossa origem. Identificamos aspectos que nos permitem nos reconhecermos em nossas famílias: nossa aparência física, nosso temperamento, nossa condição no mundo.
O desafio, neste aspecto, é entender que nossa aparência física, nossa estatura, a cor dos nossos olhos e outros aspectos físicos, independem unicamente da nossa vontade ou do nosso esforço.
Ou seja, não nos cabe culpar ou vangloriar de nossa aparência ou do nosso temperamento.
Podemos agradecer o que herdamos de positivo e procurar melhorar o que não seja tão positivo assim. Mas sem nos colocar como melhores ou piores que alguém, sem fazermos juízo de valores.
Da mesma forma somos desafiados quando reconhecemos nosso aspecto divino: somos filhos legítimos de Deus Pai. Assim como ao profeta foi revelado que Jesus seria “ chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”, assim também nós, na condição de filhos de Deus, trazemos em nós o privilégio e a responsabilidade de ter Deus conosco. E esta responsabilidade precisa se traduzir em atitudes do dia a dia, que podem parecer simples, mas que de forma alguma são pequenas: através de nosso testemunho de amor e misericórdia em nossas palavras, gestos, atitudes.
Senhor Deus, Pai de infinito amor e bondade, permaneça em nossos corações apaziguando nossas inquietações humanas e permitindo-nos ser instrumentos que testemunhem nossa dimensão divina a todos que de nós se aproximarem. Amém.
Maria Luzia de Moraes Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte