“Há um rio que alegra a cidade de Deus, a casa sagrada do Altíssimo”
9 de novembro de 2014A construção do Reino (Lc 17, 7-10)
11 de novembro de 2014“Jesus disse a seus discípulos: “É inevitável que aconteçam escândalos, mas, ai daquele que produz escândalos!
Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalisar um desses pequeninos.
Prestem atenção! Se o seu irmão peca contra você, chame a atenção dele. Se ele se arrepender, perdoe.
Se ele pecar contra você sete vezes num só dia, e sete vezes vier a você, dizendo: ‘Estou arrependido’, você deve perdoá-lo.”
Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!”
O Senhor respondeu: “Se vocês tivessem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a esta amoreira: ‘Arranque-se daí, e plante-se no mar’. E ela obedeceria a vocês.”
O nosso evangelho de hoje é um alerta de Jesus aos discípulos contra o escândalo intencional e que desestimularia ou impediria alguém de progredir na fé e no seu seguimento.
A resistência ao perdão ou a falta dele são considerados como obstáculo que faz outros abandonarem a comunidade cristã. A Igreja é comunidade dos reconciliados, dos que são salvos e redimidos pelo Senhor. Como tal ela deve ser marcada pela disposição permanente do perdão.
O perdão não é para o cristão uma atitude esporádica, mas um modo de viver e de se situar diante dos outros.
Diante de tal exigência, os apóstolos suplicam pela fé capaz de responder a essa exigência do amor fraterno que é o perdão.
É a fé que enraíza a pessoa em Deus e faz viver a vida de Deus, pela graça do Espírito Santo. Em razão do dinamismo próprio da ação do Espírito Santo, a fé possibilita viver o que, aos olhos do mundo, poderia parecer impossível, a saber, perdoar e aceitar o perdão.
Carlos Alberto Contieri, sj