“Procurem a paz e façam tudo para alcançá-la.”
19 de agosto de 2018“Então, quem é que pode se salvar?”
21 de agosto de 2018Certa vez um homem chegou perto de Jesus e perguntou: Mestre, o que devo fazer de bom para conseguir a vida eterna? Jesus respondeu: Por que é que você está me perguntando a respeito do que é bom? Bom só existe um. Se você quer entrar na vida eterna, guarde os mandamentos. Que mandamentos? Perguntou ele. Jesus respondeu: “Não mate, não cometa adultério, não roube, não dê falso testemunho contra ninguém, respeite o seu pai e a sua mãe e ame os outros como você ama a você mesmo.” Eu tenho obedecido a todos esses mandamentos! Respondeu o moço. O que mais me falta fazer? Jesus respondeu: Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga. Quando o moço ouviu isso, foi embora triste, pois era muito rico.
Para entrar no Reino é preciso mais que observar as leis ou regras. O Reino é dom de Deus aos homens e nele tudo deve ser partilhado entre todos.
O convite para a oração de hoje aponta para a necessidade de nos esvaziar de nós mesmos. Não é raro nos depararmos com pessoas dizendo: há se eu fosse rico? Eu seria livre, ninguém me segurava… Como se a riqueza pudesse nos tornar livres e independentes para viver da maneira que bem entendermos, ou seja, se alguma coisa é importante pra mim eu vou lá compro. Parece que é mais ou menos isso que se passa com esse moço rico que chegou perto de Jesus para saber o que ele devia fazer de bom para conseguir a vida eterna, como se Jesus fosse dar uma receita que ele pudesse comprar.
Estamos cheios de coisas que não fazem bem a nós e muito menos aos outros, exalamos egoísmo, somos injustos em busca de justiça, semeamos o joio e queremos colher o trigo. Normalmente nos “enchemos” e nos tornamos bons naquilo que repetimos todos os dias. No evangelho de hoje Jesus deixa claro para o moço rico, para mim e para você que não basta observar as leis e as regras para entrar no Reino…
Queremos um mundo melhor, mas às vezes não somos capazes de dar um simples bom dia a alguém. Penso que o que nos aproxima das coisas do Reino, do que não passa é a nossa liberdade, a nossa capacidade de afastar ou relativizar as coisas que passam, e abraçar as que não passam; esse é o desafio…
Sem a partilha do que somos e temos nos tornamos prisioneiros de nós mesmos, não nos esvaziamos para dar lugar à graça de Deus. Santo Agostinho dizia que: “Em suma, a verdadeira liberdade é aceitar a graça de Deus. A liberdade se dá somente quando a vontade se volta para o bem. O Livre-Arbítrio nos dá a possibilidade de seguir ou não a vontade de Deus, porém, só será livre realmente aquele que, com a ajuda divina, optar por fazer a vontade de Deus.”
Senhor Livra-nos de todas as amarras que nos impede de seguir-te e continuar o seu projeto. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era, no princípio, agora e sempre. Amém!
Agostinho augusto – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte MG.