Hoje vimos coisas maravilhosas (Lc 5, 17-26)
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13 de dezembro de 2017Leitura: Lucas 1, 39-47
Alguns dias depois, Maria se aprontou e foi depressa para uma cidade que ficava na região montanhosa da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se mexeu na barriga dela. Então, cheia do poder do Espírito Santo, Isabel disse bem alto:
— Você é a mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também! Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?! Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse.
Então Maria disse:
— A minha alma anuncia
a grandeza do Senhor.
O meu espírito está alegre
por causa de Deus, o meu Salvador.
Oração:
Hoje, a Igreja celebra Nossa Senhora de Guadalupe. Lucas dá-nos uma passagem bonita da vida de Maria. Na oração, tenhamos a coragem de ver Nossa Senhora quando ela ainda não era assim conhecida, quando ninguém recorreria a ela senão seus familiares e amigos de casa… naqueles dias, era “só” Maria, uma jovem de um povo oprimido. Olhemos para essa mulher.
Fazia pouco tempo que Maria soubera que seria mãe de Jesus. Ouviu do anjo o anúncio. A salvação passaria por ela. Então, “alguns dias depois, Maria se aprontou e foi depressa para uma cidade que ficava na região montanhosa da Judeia”. Como batizados, temos ouvido que o Reino chega também por nós. O Reino chega por cada filho e filha de Deus. Damos tempo, condições e espaço para ouvir o anúncio que Deus faz também à nossa vida? Se ouvimos, que fazemos? Quando ouvimos, entendemos a urgência de caminhar, de seguir, de chegar ao outro, à outra?
Maria ouve que sua vida trará a salvação e ela se apressa. Soube de Isabel, sua prima, e coloca-se a caminho de sua casa para oferecer companhia, para ajudar. Que bonito se percebermos, um dia, que, assim como ocorreu com Maria, a mensagem que nos chega de Deus fala da nossa vida, do projeto d’Ele para mim especificamente, mas também da vida do outro. Ele sabe o que cada um leva por dentro e passa na vida e Ele nos fala dessas pessoas. Ele quer entrar em nossa vida; mas quer que não nos fechemos em nosso útero, em “nosso umbigo”, como se diz… quer que olhemos para a vida que Ele nos dá e que ela seja vida com o outro.
Quando Maria se encontra com Isabel, sua voz faz pular a criança no ventre de sua prima. A cena é incansavelmente bonita. Isabel também estava grávida. No seu ventre, também uma vida que Deus quisera muito. Em sua barriga, também um sinal do amor de Deus por seu povo. A criança lá, que ainda está crescendo, pula de alegria. Como eu me vejo nessa cena? Talvez eu me veja na pele de Maria… A vida de Deus que eu levo por dentro traz, para as pessoas, o quê? Minha voz faz a realidade se mexer? Minhas palavras fazem a vida pular em alguém, nalgum lugar? Reconheço que na vida das pessoas com quem me encontro já cresce a vida de Deus? A partir disso, como as trato? Faço essa vida ser mais leve, crescer com mais alegria? Talvez eu me veja como Isabel… o que faz pular a vida que eu levo por dentro? O que ou quem me alegra e faz pensar que Deus me visita?
Fiquemos na oração contemplando o evangelho e nossa própria vida. Respondamos às perguntas e façamos outras. Conversemos com Maria e com Isabel, com Jesus e João. No final, possamos dizer com Maria: “o meu espírito está alegre”!!!
João Gustavo H. M. Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte