A voz que grita – (Marcos 6,17-29)
29 de agosto de 2014Constância no fascínio (Lc 4,16-30)
1 de setembro de 2014“Acontecerá como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamando seus empregados, entregou seus bens a eles.
A um deu cinco talentos, a outro dois, e um ao terceiro: a cada qual de acordo com a própria capacidade. Em seguida, viajou para o estrangeiro.
O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco.
Do mesmo modo o que havia recebido dois lucrou outros dois.
Mas, aquele que havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão.
Depois de muito tempo, o patrão voltou, e foi ajustar contas com os empregados. O empregado que havia recebido cinco talentos, entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. O patrão disse: ‘Muito bem, empregado bom e fiel! Como você foi fiel na administração de tão pouco, eu lhe confiarei muito mais. Venha participar da minha alegria’.
Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. O patrão disse: ‘Muito bem, empregado bom e fiel! Como você foi fiel na administração de tão pouco, eu lhe confiarei muito mais. Venha participar da minha alegria’.
Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘Senhor, eu sei que tu és um homem severo pois colhes onde não plantaste, e recolhes onde não semeaste. Por isso, fiquei com medo, e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. O patrão lhe respondeu: “Empregado mau e preguiçoso! Você sabia que eu colho onde não plantei, e que recolho onde não semeei. Então você devia ter depositado meu dinheiro no banco, para que, na volta, eu recebesse com juros o que me pertence’.
Em seguida o patrão ordenou: ‘Tirem dele o talento, e dêem ao que tem dez.
Porque, a todo aquele que tem, será dado mais, e terá em abundância. Mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado.
Quanto a esse empregado inútil, joguem-no lá fora, na escuridão. Aí haverá choro e ranger de dentes.”
A beleza e a riqueza do evangelho de hoje me permite falar apenas de um detalhe, não alongando as palavras, mas mergulhando em minha própria vida.
O versículo que mais me chamou a atenção hoje foi: ‘Por isso, fiquei com medo, e escondi o teu talento no chão’. E refleti:
Do que tenho medo?
Do que e de quem me escondo?
O que me paralisa?
Na oração de hoje “fiquei olhando” para esse terceiro empregado e para mim, e disse: “Jesus, não sou diferente dele, pois tenho boas desculpas para justificar quando não faço bom uso dos dons que você me dá, também tenho medo de me comprometer, de arriscar, de ousar e por isso escondo-me atrás de uma desculpa ou uma explicação que não me leva a nada ou a lugar nenhum, pois não me coloca em ação, ao contrário, faz com que eu me enterre com meus dons”.
“Jesus, quero ser diferente, viver o meu chamado, viver o meu batismo, me colocar a serviço do Teu Reino, fazer crescer e multiplicar os dons que você confiou a mim, agir livremente como filha, confiante no teu amor e na tua misericórdia. Dai-me Jesus a tua graça para experimentar teu amor que liberta e me faz também sair da preguiça e acomodação, para ousar amar como você mesmo amou. Amem”.
Shirley Oliveira, membro do pré-CVX Cardoner.