Amarás o Senhor teu Deus, e ao teu próximo como a ti mesmo
25 de agosto de 2023“Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”
27 de agosto de 202326 de agosto de 2023 – Sábado da 20ª Semana do Tempo Comum
“O maior dentre vós deve ser aquele que vos serve.”
Neste sábado da 20ª Semana do Tempo Comum, em um lugar silencioso, respiremos, sintamos em nossos corpos o pulsar da vida e façamos uma prece à Ventania Divina, para que nos conduza em nossa Leitura Orante com o texto de Mateus 23,1-12.
Leitura: o que o texto diz?
No capítulo 23 de Mateus, Jesus dirige-se mais uma vez à multidão e a seus discípulos. Seu discurso começa falando sobre os mestres da Lei e os fariseus, sobre aqueles que reivindicam para si o mérito de serem os intérpretes autorizados da Lei. Seu zelo pela Lei, contudo, não passa de mera aparência: “Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas” (v .5). Eles falam da Lei, mas não praticam. Seus ensinamentos são pesados, servem apenas para infligir um maior sofrimento às pessoas. Desejam ser vistos, reverenciados, reconhecidos; preocupam-se apenas com seu próprio bem.
É a partir do péssimo exemplo dos mestres da Lei e dos fariseus que Jesus adverte sua comunidade, a fim de que esta não imite seu comportamento e não faça uso dos mesmos instrumentos de poder, dominação e opressão utilizados por seus oponentes. A comunidade de Jesus deve ser uma comunidade de irmãos (v. 8). Nela, ninguém deve permitir ser chamado de “Mestre” ou de “guia” e ninguém deve chamar outra pessoa de “Pai”. Em outras palavras, a ninguém deve ser atribuído um título que indique superioridade ou autoridade: “um só é vosso mestre e todos vós sois irmãos” (v. 8).
Na comunidade sonhada por Jesus, a maior grandeza está em colocar-se a serviço, em fazer o completamente oposto daquilo que era praticado pelos mestres da Lei e pelos fariseus: oferecer alívio aos cansados e sobrecarregados, praticar as boas obras em segredo, oferecer a outros os lugares de honra…
Meditação: o que o texto me diz?
A meditação, mais que compreensão, exige de nós coragem, autoimplicação e humildade.
Jesus denuncia o comportamento dos mestres da Lei e dos fariseus. É importante que olhemos, à luz desse texto, para a realidade de nossas vidas e de nossas comunidades hoje. Permitamo-nos imaginar que advertências Jesus apresentaria acerca de nosso comportamento. Perguntemo-nos como nos sentimos diante desse evangelho e que valores orientam nossas vidas e a vida de nossas comunidades.
Concluamos este momento fazendo uma pequena síntese do que sentimos e sigamos em nossa Leitura Orante.
Oração – O que o texto me leva a dizer a Deus?
Tendo feito uma síntese daquilo que meditamos a partir do texto, organizando nossos pensamentos e sentimentos, chegou a hora de deixar ecoar a voz que brota de nossos corações, que se fizeram morada da Palavra quando nos dispusemos a encontrá-la e a acolhê-la.
Que oração brota em mim motivada pelo texto de Mt 23,1-12? Falemos ao Senhor de forma sincera, amorosa e livre.
Contemplação: o que Deus, através do texto faz em mim?
Na contemplação, acolhemos os efeitos desse encontro com o texto em nossas vidas. É o momento de saborearmos os frutos do encontro, de darmo-nos conta e de desfrutar a presença amorosa de Jesus, nos ensina e que nos indica o caminho a seguir, por meio de sua Ventania.
Ação: o que o texto – e este encontro – me solicita a agir?
“O maior dentre vós deve ser aquele que vos serve” (Mt 23,8).
A Palavra – que foi lida, meditada, rezada e contemplada – solicita de nós um compromisso. Tomar Jesus como Mestre significa assumir o caminho do serviço. O que o encontro com o texto de Mt 23,1-12 me solicita a agir?
Terminemos nossa Leitura Orante com uma prece de gratidão a Deus, estando certos e certas de que sua Ventania Divina, nossa companheira neste encontro com a Palavra, nos acompanhará em cada passo de nossa jornada.
*Maria Nivaneide de Abreu Lima é leiga católica e assessora do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI). Mestra em Teologia pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), bacharela em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE) e licenciada em Letras pela Universidade Federal do Ceará (UFC).