As tentações no deserto
29 de fevereiro de 2020A verdadeira oração!
3 de março de 202002/03/20 (Segunda da 1ª sem. Da quaresma): Mt 25,31-46 – o juízo final
- Leitura: O que o texto diz?
Faça uma leitura sem pressa de Mt 25,31-46. Perceba que se trata de um discurso que Jesus faz aos seus discípulos. Ponha-se junto aos discípulos para escutar o que o Mestre irá falar. A imagem do Filho do Homem vindo em sua glória com seus anjos sentado em seu trono sugere o fim dos tempos. Também são utilizadas as imagens do “pastor” e do “rei”, muito comum na tradição do Antigo Testamento. Eles têm a missão de cuidar de seu povo. Imagine o pastor separando as ovelhas dos cabritos. E o rei acolhendo à sua direita aqueles que fizeram o bem a ele: deram de comer aos famintos; deram de beber aos sedentos; acolheram ao estrangeiro; vestiram os nus; cuidaram dos doentes e visitaram os presos. Perceba que o rei se identifica com todos esses necessitados e todas as vezes que os ajudarem, farão bem ao próprio rei. Eles não são seus súditos, mas seus irmãos menores (v. 40). Quanto aos que estiverem à sua esquerda, a atitude é de afastamento e de condenação. Por não praticarem a misericórdia aos mais necessitados, são incapazes de permanecer habitando no reino deste rei. Por isso, não herdarão a vida eterna, mas terão o castigo eterno (v. 46). Ouvindo todas essas palavras, tente observar o olhar apreensivo e atendo dos discípulos. Seria uma chamada dura de atenção? Ou um apelo para viver o amor misericordioso testemunhado e ensinado pelo Mestre? Sinta o que você observa.
- Meditação: O que o texto me diz?
Retomando o texto, perceba como esse discurso repercutiu em você. Como você viu a separação entre as ovelhas e os cabritos? Dessas “obras de misericórdia”, qual(is) despertou(aram) sua atenção? Fazendo uma breve revisão de sua vida, você consegue lembrar as vezes que foi motivado a agir dessa forma? Em que momentos você se acomodou e não ajudou quem precisava de auxílio? Procure perceber nas palavras de Jesus não simplesmente uma obrigação, mas um apelo amoroso de exercer o cuidado com o outro.
- Oração: O que o texto me faz dizer?
O discurso de Jesus pareceu ser muito exigente e certamente inquietou seu coração. Talvez logo de início venha à sua mente o bem que você deixou de fazer a quem precisava. Pense em tantas pessoas com fome, com sede, sem roupa, doente ou presas. O que dizer para Deus diante dessa realidade? Por que tanta gente está nessa situação? Quais a indignações e reivindicações em torno disso? O que você poderia fazer por elas? É preciso pedir a Deus força, sabedoria e um coração cheio de generosidade a fim de sairmos de nós mesmos e não sermos indiferentes ao outro que pede socorro. Apresente a Deus essa realidade e suas disposições para contribuir em atitudes concretas para um mundo melhor.
- Contemplação: O que o texto faz em mim?
Depois de apresentar toda essa realidade, deixe a Palavra de Deus agir silenciosamente. Esteja seguro de que Deus está com você, capacitando-te para corresponder a esse discurso comprometedor de Jesus.
- Ação: O que o texto me faz agir?
O texto deixou bem claro as atitudes que devemos tomar em face da realidade. Diante dos famintos e sedentos, tenho contido o desperdício de comida e de bebida em minha casa? Tenho valorizado o sustendo de cada dia? Que alimentos poderiam ser doados a quem precisa? Que roupas estão há anos em meu guarda-roupa sem serem utilizadas e que poderiam ser destinadas a outros? Com que frequência tenho visitado os doentes? Esteja sensível ao que Senhor te direcionar e perceba que todas essas atitudes farão bem não só aos necessitados, mas principalmente a você, discípulo do amor.
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ