Que terreno somos?
24 de julho de 2015
Leitura: Mateus 20, 20-28
Naquele tempo: A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos
e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. Jesus perguntou: “O que tu queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”. Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. Jesus, porém, chamou-os, e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”.
Oração: O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir.
Esta leitura é bastante atual e me remete, em um primeiro momento, as nossas relações cotidianas, principalmente ao mercado de trabalho. Local em que muitas vezes nos deparamos com situações e pessoas que sempre estão ali querendo tirar vantagem. Dispostos, para conseguir os seus objetivos, a puxar o tapete do outro. Se promover a qualquer custo e muitas vezes usando de crueldade para com o seu próximo. Uma sociedade marcada, infelizmente, pelo conflito e pela disputa. Onde o outro é, em muitos momentos, visto apenas como o concorrente, aquele a quem devo me sobressair, sobrepor, vencer.
Este desejo de poder, hierarquia, competição e oposição em relação ao outro, que não é visto com um olhar de complementariedade e de amor fraterno, não vem de Deus e nem conduzem para Ele. É muito importante estarmos atentos a estes sentimentos.
Jesus através da sua trajetória de vida, baseada na simplicidade, na humildade, no amor, na acolhida, na entega, no cuidado para com o próximo, tem muito a nos ensinar. Quando os discípulos ficaram irritados com a atitude da
mulher, que transmite a ambição dos filhos, Jesus diz:
“Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”
Ele chama os discípulos ao chamado maior de suas vidas: a fraternidade, a justiça e o amor. O espírito de competição não os levará a nada. ‘Quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo’. Resgata-os do terreno da incerteza, da angústia, da raiva e da dor e os coloca novamente no coração de Deus. Onde estes sentimentos não podem reinar. Onde a humildade deve ser a meta. Onde aquele que se entrega e se põe a serviço do próximo, que se sacrifica pela humanidade, como fez Jesus, são os verdadeiros merecedores dos primeiros lugares no reino de Deus.
Para reflexão:
– Me identifico, ou já me identifiquei, com algum dos personagens do evangelho em algum momento da minha vida?
– Como estou vivendo nas relações cotidianas, familiares, no trabalho, o chamado de J
esus à fraternidade, à simplicidade e à humildade?
– Em uma frase, resuma a mensagem do evangelho, que levará para a sua vida.
Landri Porto, Família Missionária Verbum Dei, Belo Horizonte.