Sou manso e humilde de coração
20 de julho de 2023“Eu vi o Senhor”
22 de julho de 202321 de Julho de 2023, Sexta-Feira, 15ª Semana do Tempo Comum.
– Mt 12,1-8
O Filho do Homem é senhor do sábado
Leitura. O que diz o texto?
A novidade do Reino que Jesus veio anunciar produziu muitas controvérsias entre ele e seus contemporâneos: os estudiosos da Bíblia, chamados mestres da Lei e os piedosos cumpridores das normas religiosas, os fariseus. Hoje a controvérsia fala sobre o cumprimento da lei do sábado ser mais importante que a vida de uma pessoa.
Meditação. O que Deus nos diz através desse texto?
A lei deveria estar a serviço das pessoas e não o contrário. Quando as pessoas se tornam escravas da lei, essa lei não tem serventia alguma, a não ser oprimir e restringir. A lei do sábado originalmente era a comemoração da libertação da escravidão do Egito, mas ao longo do tempo se tornou a maior prescrição sagrada, acima da vida humana. Jesus não veio abolir a lei, mas recordar o seu sentido mais profundo e verdadeiro. Por isso afirma que a lei maior é a regra do amor: “misericórdia e não sacrifício”.
Oração. O que o texto me faz dizer a Deus?
Obrigado, Senhor, por nos ter dado a oportunidade de perceber o sentido mais profundo da lei, através de Jesus Cristo. Não deixe que a lei da indiferença vença a lei do amor.
Contemplação. O que o texto faz em mim?
Quando a lei se torna uma escravidão, precisamos “nos libertar da Lei que nos mantinha prisioneiros, vivendo conforme o Espírito, e não segundo a velha maneira da letra” (Rm 7,6). Por isso, sinto em meu coração a liberdade para cumprir o novo mandamento trazido por Jesus (Jo 13,34), que vai além do cumprimento da Justiça.
O que o texto me sugere a viver?
Muitos pensam que para ser um cristão exemplar basta cumprir cuidadosamente os preceitos. Mas a interpelação de Jesus ainda é válida: “O Filho do Homem é senhor do sábado”, ou seja, a vida (Filho do Homem) é mais importante do que a lei (sábado). Isso nos leva a não ficarmos presos num emaranhado de normas e preceitos, mas nos leva ao encontro do outro, especialmente dos pobres e sofredores, os esquecidos pela lei.
Diác. Glêvison Felipe Lourenço de Sousa*
*Diácono permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte, MG. Pós-graduado em Sagrada Escritura pelo Claretiano – Centro Universitário. Membro da Coordenação Colegiada Arquidiocesana da Pastoral Carcerária. Colaborador e residente na Paróquia São José – Vespasiano MG, Brasil.