O poder de Jesus para expulsar demônios (LC 11,14-23)
8 de março de 2018“Cantem para nós as canções de Sião.”
11 de março de 2018Leitura: Lucas 18, 9-14
Naquele tempo: Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: ‘Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’. O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: `Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado.’
Palavra da Salvação.
ORAÇÃO
O texto de Lucas nos convida hoje à algumas reflexões, podendo ser a primeira, sobre a nossa oração de cada dia. A oração é nosso diálogo com Deus, que é Pai de puro amor e misericórdia. Desta forma, Ele espera de nós uma conversa sincera, feita do coração e dirigida a Ele, com nossas mais íntimas intenções. Mas muitas vezes nos esquecemos de que Ele é o nosso ouvinte e interlocutor e fazemos orações automatizadas, com a mente completamente dispersa, quando não, orações elaboradas mais para impressionar os homens que para nos conectar com Deus.
Uma segunda reflexão nos é provocada logo no início do texto: “Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros.”
Este é um grande e constante equívoco que muitas vezes cometemos. Ficamos convencidos de que somos justos e a partir desse entendimento, nos sentimos no direito de desprezar os outros.
Quantas vezes nossas atitudes são bem parecidas com a prece do fariseu: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. Eu jejuo duas vezes por semana,e dou o dízimo de toda a minha renda’. Podemos até não dizer exatamente como o fariseu, mas não poucas vezes nosso sentimento mais íntimo tem a mesma arrogância e convicção da oração dele…
Peçamos à Maria, nosso exemplo de oração e conexão com o Pai, que nos ensine o seu silêncio e a sua intimidade com Deus. E peçamos à Trindade Santa que nos inspire em nossas orações e ações, para que sejamos sempre justos e respeitosos, não na nossa medida, mas na medida de Deus. E que sua Graça nos conceda este discernimento.
Maria Luzia de Moraes Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte