Quer entrar ou ficar de fora? (Lc 5,27-32)
8 de março de 2014Entre nós está e não O conhecemos
10 de março de 2014PREPARAÇÃO ESPIRITUAL
Vem, Espírito Santo, ilumina minha mente,
abre meu coração, toma minhas mãos,
para que eu compreenda a mensagem da Palavra,
para que sinta a profundidade do divino amor,
para que caminhe abrindo minhas mãos
aos que precisam de misericórdia e de amor. Amém.
TEXTO BÍBLICO: Mateus 4.1-11
A tentação de Jesus
(Marcos 1.12-13; Lucas 4.1-13)
1Então o Espírito Santo levou Jesus ao deserto para ser tentado pelo Diabo. 2E, depois de passar quarenta dias e quarenta noites sem comer, Jesus estava com fome. 3Então o Diabo chegou perto dele e disse:
— Se você é o Filho de Deus, mande que estas pedras virem pão.
4Jesus respondeu:
— As Escrituras Sagradas afirmam:
“O ser humano não vive só de pão, mas vive de tudo o que Deus diz.”
Em seguida o Diabo levou Jesus até Jerusalém, a Cidade Santa, e o colocou no lugar mais alto do Templo. 6Então disse:
— Se você é o Filho de Deus, jogue-se daqui, pois as Escrituras Sagradas afirmam:
“Deus mandará que os seus anjos cuidem de você. Eles vão segurá-lo com as suas mãos, para que nem mesmo os seus pés
sejam feridos nas pedras.”
7Jesus respondeu:
— Mas as Escrituras Sagradas também dizem:
“Não ponha à prova o Senhor, seu Deus.”
8Depois o Diabo levou Jesus para um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e as suas grandezas 9e disse:
— Eu lhe darei tudo isso se você se ajoelhar e me adorar. 10Jesus respondeu:
— Vá embora, Satanás! As Escrituras Sagradas afirmam:
“Adore o Senhor, seu Deus, e sirva somente a ele.”
11Então o Diabo foi embora, e vieram anjos e cuidaram de Jesus.
1. LEITURA
Que diz o texto?
Pe. Fidel Oñoro
ü Algumas perguntas para ajudar-te em uma leitura atenta…
Quem levou Jesus ao deserto? Quantas vezes o diabo pôs Jesus à prova? A que lugares o diabo levou Jesus para pô-lo à prova?
ü Algumas considerações para uma leitura proveitosa…
Na quarta-feira passada, com a Quarta-Feira de Cinzas, começamos o tempo da Quaresma. É um tempo particular que a Liturgia da Igreja nos dá de presente para preparar nosso coração para celebrar a Páscoa de Jesus. “Quaresma” é uma palavra que vem do número 40, que são os dias que Jesus passou no deserto, segundo nos relata o Evangelho que acabamos de ler…
No final destes 40 dias, o Senhor é tentado no deserto pelo diabo que lhe coloca várias armadilhas para que se afaste do caminho que Deus lhe indicou. Isto é uma tentação: a possibilidade de fazer o mal, afastando-se, assim, do caminho de Deus. A tentação, em si mesma, não é um pecado, mas pode levar-nos facilmente ao pecado se não estivermos perto de Deus.
Com o Evangelho deste Domingo, aprendemos de Jesus que devemos afastar-nos da tentação, aprendemos a não deixar que entre em nosso coração e nos faça pecar. Todos nós estamos sujeitos à tentação. Como jovens, também, podemos ser tentados a fazer o mal com os insultos, a mentira, com o egoísmo, com a falta de serviço aos demais, com o distanciamento das coisas de Deus, com as invejas…
Devemos meditar com serenidade em todas estas oportunidades de pecado que se nos apresentam sabendo, no entanto, que Jesus triunfa na tentação e, portanto, nos dá forças para que nós também triunfemos nas tentações de nossa vida…
Por isso, abramos o coração a Cristo para que nos dê as forças necessárias para vencer, com Ele, a tentação.
2. MEDITAÇÃO
O que o Senhor me diz no texto?
O Papa Francisco, a exortação apostólica “A Alegria do Evangelho” (nº 85) nos fala da tentação por que muitos podemos estar passando…
“Uma das tentações mais sérias que sufoca o fervor e a ousadia é a sensação de derrota que nos transforma em pessimistas lamurientos e desencantados com cara de vinagre. Ninguém pode empreender uma luta, se de antemão não está plenamente confiado no triunfo. Quem começa sem confiança, perdeu de antemão metade da batalha e enterra os seus talentos. Embora com a dolorosa consciência das próprias fraquezas, há que seguir em frente, sem se dar por vencido, e recordar o que disse o Senhor a São Paulo: «Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza» (2 Cor 12. 9). O triunfo cristão é sempre uma cruz, mas cruz que é, simultaneamente, estandarte de vitória, que se empunha com ternura batalhadora contra as investidas do mal. O mau espírito da derrota é irmão da tentação de separar prematuramente o trigo do joio, resultado de uma desconfiança ansiosa e egocêntrica”.[1]
Agora perguntemo-nos:
Diariamente somos provados. Tive tentações durante esta semana? Como agi? Quando não supero a tentação, sinto-me longe de Deus? Que faço para estar de novo perto dEle?
3. ORAÇÃO
O que respondo ao Senhor me fala no texto?
Ó Cristo,
entrei no recinto da obscuridade
e as trevas me doem,
me ferem, me machucam
Sinto falta de Ti.
Sei que estás em mim.
No entanto, estás calado, quieto,
esperando minha decisão…
É angústia!
Ó Cristo, não fiques calado!
Salva-me!
Inácio Larrañaga
4. CONTEMPLAÇÃO
Como ponho em prática, me minha vida, os ensinamentos do texto?
Senhor, reconheço minha debilidade diante de tua fortaleza.
Toda vez que eu cair, levanta-me e devolve-me a alegria de tua salvação!
5. AÇÃO
Com que me comprometo para demonstrar mudança?
Vou preocupar-me menos com as coisas que gostaria de ter e dedicarei tempo a agradecer porque Deus me provê justamente o de que necessito, e falarei aos meus pais a respeito da confiança em Deus.
“Um bom cristão faz pouco caso dos bens da terra;
só pensa em embelezar sua alma”
São João Maria Vianney
[1] http://www.vatican.va/holy_father/francesco/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium_po.html